A peça de porcelana “Jarra verde com duas aves ensinando os filhotes a voar, em torno de uma velha árvore Prunus em flor” é o pretexto para falarmos sobre a representação na arte e na literatura chinesas de espécies arbóreas que florescem no Inverno e são por isso associadas à resistência face à adversidade. A visita dá um particular destaque à representação de ameixoeiras, cujos troncos contorcidos levam a refletir sobre o princípio de fuga à vulgaridade, praticado pelos pintores eruditos da Dinastia Song (960 - 1279).

O canapé à confidents, que podemos encontrar na galeria de arte francesa do século XVIII do Museu, foi encomendado para o salão de Verão das tias de Luís XVI, no Palácio Bellevue. Esta peça de mobiliário estava totalmente adaptada à maneira de vestir feminina da época: no seu grande assento central podiam sentar-se as senhoras da alta nobreza, com os seus vestidos muito volumosos nas ancas e extremamente afunilados na cintura. Sabia que esta moda não seria possível sem o crescimento da indústria baleeira? Nesta visita descubra como o aumento da venda de barbas de baleia, com as quais eram confecionados os espartilhos e os saiotes de armação, influenciou diretamente a definição da silhueta feminina na França do século XVIII.