Esta exposição, cujo título original foi «British Artists Prints of the Sixties», apresentava um conjunto de obras de gravura da coleção do British Council: 112 obras da autoria de 20 artistas ingleses representativos da arte da gravura britânica contemporânea. De entre estes artistas, oito nunca haviam sido apresentados em Portugal e 12 deles tinham integrado a exposição de 1971, também realizada na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), intitulada «100 Obras de Arte Britânica Contemporânea da FCG», mas não com trabalhos de gravura.

A exposição foi concebida para percorrer diversas cidades europeias. Antes, tinha sido apresentada em Espanha e, depois da sua realização em Lisboa, seguiu para a Dinamarca.

Estiveram presentes na inauguração da exposição em Lisboa o embaixador do Reino Unido em Portugal, David Francis Muirhead, o diretor do British Council em Portugal, Norman Whitworth, e o presidente da FCG, José de Azeredo Perdigão. Esta exposição foi inaugurada no mesmo dia em que o foi uma outra, intitulada «Palavra e Imagem. Cartazes da Colecção do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque», também realizada na FCG.

No texto de apresentação, da autoria de Christopher Finch, lê-se: «Não é simples encontrar explicação para a transformação tão radical que a Arte Britânica sofreu durante os últimos dez anos. A evolução do clima social foi, sem dúvida, um factor importante. Os artistas que surgiram durante o final dos anos 50 e princípios dos anos 60 foram os primeiros a apresentar, como geração, uma imagem “sem classe”; foram os primeiros a não serem limitados pelo culto quase aristocrático do amador. Não se preocupavam, nem com noções altamente boémias de cultura, nem com a reacção agressivamente proletária manifestada por alguns dos seus imediatos predecessores. Muitos deles serviam-se do ambiente urbano corrente para obterem imagens […]. Resta sublinhar que a grande maioria dos artistas incluídos nesta exposição tem menos de 40 anos. Dada a complexidade do panorama da Arte Britânica actual, há boas razões para esperar que esta nova década venha a ser mais frutífera do que a anterior.» (Gravuras Inglesas Contemporâneas, 1960-1970, 1973)

Joana Baião, 2016