Exposição-concurso organizada pela Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e o Centre Culturel Portugais, em Paris, onde decorreu o evento. A ideia da sua realização surgiu no âmbito do Congresso da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), que se realizou em Lisboa no ano de 1976, na sede da FCG, e do apoio concedido pela Association Française d’Action Artistique.

As obras expostas, pertencentes a 18 artistas com menos de 35 anos (teto máximo convencionalmente estabelecido para a designação «jovem artista»), reuniam exemplares das várias tendências da pintura portuguesa.

A exposição resultou de um concurso aberto aos jovens pintores portugueses, selecionado por um júri constituído por críticos de arte e artistas, que procurava evidenciar a energia renovada destes jovens, já em tempos pós-revolucionários mas ainda socialmente agitados do pós-25 de Abril.

No prefácio do catálogo da exposição, o artista e crítico João Rocha de Sousa referir-se-ia às transformações verificadas no tecido artístico português durante esses últimos anos, vincando a importância da gradual abertura do país às práticas artísticas internacionais e à especialização artística no estrangeiro. Associava ainda a este mesmo processo, recuando temporalmente ao ano de 1957, o início da política de atribuição de bolsas de especialização artística por parte da FCG (Jeune Peinture Portugaise, 1976).

A inauguração da exposição contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, David Mourão-Ferreira.

Filipa Coimbra, 2016