Gravura Abstracta Italiana

Resultante da parceria entre a Quadriennale Nazionale d’Arte di Roma, a Embaixada de Itália em Portugal, o Istituto Italiano di Cultura em Portugal e a Fundação Calouste Gulbenkian, esta exposição itinerante reuniu um conjunto de 179 trabalhos gráficos de artistas italianos contemporâneos, com o propósito de mostrar uma pesquisa figural-abstrata.
Designed as a presentation of a study on figural abstraction, this travelling exhibition displayed a selection of 179 graphic works by contemporary Italian artists. The show was the result of a collaboration between the Quadriennale Nazionale d'Arte di Roma, the Embassy of Italy in Portugal, the Italian Cultural Institute in Portugal and the Calouste Gulbenkian Foundation.

Depois de ter apresentado em vários países uma seleção de trabalhos gráficos de artistas italianos contemporâneos, numa linha mais próxima da objetividade da representação, a Quadriennale Nazionale d’Arte di Roma propunha apresentar nesta mostra uma significativa seleção de obras gráficas de artistas que se dedicaram aos diversos tipos de pesquisa figurativa-abstrata. A exposição em Lisboa constituiu, assim, uma panorâmica quase completa das tendências que a abstração italiana gerou a partir do último pós-guerra, quando o intercâmbio e a abertura internacional se tornaram mundialmente o pressuposto de cada atividade artística de livre expressão.

Na Galeria de Exposições Temporárias da Fundação Calouste Gulbenkian foram apresentadas 179 obras de 36 artistas, que permitiram dar a conhecer a criatividade e a qualidade técnica dos gravadores italianos vinculados ao abstracionismo.

Segundo o texto introdutório do catálogo, redigido por Fortunato Bellonzi, presidente da Quadriennale Nazionale d’Arte di Roma, o termo abstração «não deve ser tomado no sentido antigo da contraposição para com a “natureza”, ou seja, considerando inconciliáveis dois elementos separados da criação, que não são afinal mais do que dois aspectos necessários e complementares da actividade espiritual. “Abstracção” entende-se, assim, simplesmente como a acentuação no momento que transcende a experiência da percepção sensível, a qual está todavia presente na obra, quer como manifestação da memória, quer como ponto de partida emocional» (Gravura Abstracta Italiana, 1979).

Neste sentido, é de notar que os artistas italianos não só contribuíram no início do século XX para o arranque da arte moderna, através das suas pesquisas no Futurismo – com Marinetti (1876-1944), Umberto Boccioni (1882-1916), Giacomo Balla (1871-1958) e Gino Severini (1883-1966) –, como também concorreram para os estudos e criações oportunas e originais da abstração geométrica – tal como Alberto Magnelli (1888-1971) e Atanasio Soldati (1896-1953) –, e para a antecipação de pesquisas no vasto âmbito das inquietações que conduziram às experiências neoplásticas, construtivistas e sígnicas.

Joana Brito, 2015

Following the exhibition of a selection of graphic works by contemporary Italian artists in several countries, using a rationale closer to objective representation, the Quadriennale Nazionale d'Arte di Roma proposed an exhibition comprising an important selection of graphic pieces by artists working with the different forms of figurative-abstract exploration. The exhibition in Lisbon was therefore an almost complete view of the trends that Italian abstraction produced after the Second World War, when exchanges and openness to the rest of the world became, around the globe, the premise for every freely expressed artistic activity.

179 works by 36 artists were displayed at the FCG’s Temporary Exhibition Gallery, presenting the creativity and technical quality of Italian printmakers connected to abstractionism.

According to the introduction to the catalogue, written by Fortunato Bellonzi, President of the Quadriennale Nazionale d'Arte di Roma, the term abstraction “should not be taken in the old sense of a contrast with ‘nature’, that is, considering two unreconcilable, separate features of creation, which are nothing more than two necessary, complementing aspects of spiritual activity. ‘Abstraction’ is therefore considered simply as the deepening of the moment that transcends the experience of sensory perception, which is nonetheless present in the work as both a manifestation of memory and as an emotional starting point” (Gravura Abstracta Italiana, 1979).

It is important to note that Italian artists not only helped launch modern art at the start of the 20th century through their exploration of Futurism (with Marinetti, Boccioni, Balla and Severino), but also participated in studies and timely, original creations of geometric abstraction (e.g. Magnelli and Soldati) and anticipated exploration within the vast area of investigation that led to neo-plastic, constructivist and sign experiments.


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

José de Azeredo Perdigão (à dir.)
José de Azeredo Perdigão (à dir.)

Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00156

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência, convites e recortes de imprensa. 1979 – 1980

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Comunicação), Lisboa / COM-S001/019-D02035

5 provas, p.b.: inauguração (FCG, Lisboa) 1979

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0442-D01288

13 provas, p.b.: aspetos (FCG, Lisboa) 1979

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0442-D01289

23 provas, p.b.: inauguração (FCG, Lisboa) 1979


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