Exposição concebida em 1966, no âmbito Colóquio de Arquitetura Paisagista que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) de 13 a 15 de abril desse ano.

A documentação existente no arquivo do Serviço de Belas-Artes não revela claramente os objetivos da exposição, mas os documentos escritos e fotográficos indicam a sua natureza documental e a sua montagem em painéis expositivos.

Depois de apresentada em Lisboa, a exposição foi montada em Madrid e no Porto. Na sequência da apresentação no Porto, a Faculdade Pontifícia de Filosofia, em Braga, requereu à FCG a cedência do material da exposição, a fim de ser apresentado naquela cidade (Carta da Faculdade Pontifícia de Filosofia e Instituto de Filosofia de Braga para a Fundação Calouste Gulbenkian, 15 jul. 1967, Arquivos Gulbenkian, SBA 00789). Em outubro de 1967, o Centro de Estudos de Arquitetura Paisagista do Instituto Superior de Agronomia fez também um pedido para montar a exposição nas suas instalações na Tapada da Ajuda (Carta do Instituto Superior de Agronomia para a Fundação Calouste Gulbenkian, 25 out. 1967, Arquivos Gulbenkian, SBA 00789). Ambos os pedidos foram rejeitados, por necessidade de restrição de despesas, conforme despacho emitido pelo presidente da FCG, em 5 de julho de 1967 (Arquivos Gulbenkian, SBA 00789).

Refira-se que, contrariando a vontade do Centro de Estudos de Arquitetura Paisagista, que pretendia levar os painéis a várias localidades do país, já em 1966 a FCG decidira restringir a sua itinerância, por considerar que «os assuntos tratados nos painéis […] não são de fácil compreensão para a quasi totalidade dos meios onde se pretendia repetir a exposição», da qual se entendia resultar pouco benefício «cultural ou prático» (Parecer do Serviço de Projectos e Obras, 6 de mai. 1966, Arquivos Gulbenkian, SBA 00789).

Joana Baião, 2015