• 1974
  • Madeira
  • Chapa de ferro recortada
  • Inv. 95P347

José Escada

S/Título (Relevo Espacial)

Esta obra de Escada, a de maior dimensão na série de relevos cortados que produziu, pode funcionar como um ponto de chegada do trabalho desenvolvido pelo pintor desde os anos de 1950 e que se aprofunda na pesquisa pictórica prosseguida ao longo da década seguinte. Estabelecendo um paralelo entre este trabalho e Pintura, tela concretizada nove antes, podemos encontrar pontos em comum, tais como uma composição modelada a partir dos jogos de luz entre formas simétricas e a relação entre os diferentes espaços que a estruturam replicando através das suas dimensões, tendencialmente mais pequenas do centro para o exterior, o claro-escuro que animava o trabalho de 1965. Nesta obra, continua a investigação do artista em torno das possibilidades formais da linha e da luz, que ganham uma nova perspectiva quando Escada assiste a uma exposição de Matisse, em 1966, onde foram apresentados recortes em papel.

 

O jogo positivo/negativo e forma/fundo da sua pintura anterior é aqui continuado pelo aproveitamento do carácter reflexivo do material, que contrasta fortemente com as sombras provocadas pelos côncavos e convexos resultantes das dobragens dos recortes em metal, resultando em algo entre a forma e a figura. Esta ambiguidade é expressa pelo próprio artista em 1968, ao afirmar que «uma obra de arte é uma construção que balança entre a abstracção e o concreto, entre a composição geral e o detalhe, entre a não figuração e o naturalismo, entre o ser e o nada», oferecendo, deste modo, espaço à intuição tanto no acto de pintar como no momento da recepção respeitando a expressão da “mística interior” kandinskiana: «Temos sempre que reconquistar o sentido da visão, pois os nossos olhos transformam-se facilmente em focos distraídos. Olhemos, por isso, gratuitamente. Abandonemos por um instante a preocupação de identificar, de reconhecer – para que a forma que está também em nós se descubra.»

ASR

TipoValorUnidadesParte
Altura200cm
Largura100cm
Profundidade14cm
TipoAquisição
DataJaneiro de 1995
Art portugais: peinture et sculpture du naturalisme à nos jours
Bruxelles, Palais des Beaux-Arts, 1967

Catálogo de exposição

 

Pintura portuguesa de hoy - abstractos y neofigurativos
Salamanca, Universidad de Salamanca, 1973

Catálogo de exposição

 

Arte Portuguesa Contemporânea
Brasilia, [s.n.], 1976

Catálogo de exposição

 

Pequeno Roteiro da Colecção de Arte do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna, 1996

Catálogo de exposição

 

100 pintores portugueses do século XX
Lisboa, Alfa, 1986

Monografia

 

Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão: Roteiro da colecção
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004

Roteiro

 

História da arte em Portugal: Pioneiros da modernidade. Vol. 12
Lisboa, Alfa, 1988

Monografia

 

Anos 60, anos de ruptura, uma perspectiva da arte portuguesa nos anos sessenta
Lisboa, Livros Horizonte, 1994
ISBN:972-24-0867-4

Catálogo de exposição

 

Arte portugués: pintura y escultura del naturalismo a nuestros dias
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Casón del Buen Retiro, Presidência do Conselho. Secretariado Nacional, 1968

Catálogo de exposição

 

Portugese kunst : schilder- en beeldhouwkunst, van het naturalisme tot op heden

Lisboa, Presidência do Conselho. S.N.I., Palais des Beaux-Arts, Fundação Calouste Gulbenkian, 1967

Catálogo de exposição

 

KWY, Paris 1958-1968
Lisboa, Centro Cultural de Belém, Assírio e Alvim, 2001

Catálogo de exposição

 

José Escada, 1934-1980
Paris, Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Cultura Português, 1991

Catálogo de exposição

 

Da galeria à poesia : cadernos pedagógicos
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna, Centro Artístico Infantil, 2001
Catálogo de exposição
KWY - Paris 1958-1968
Centro Cultural de Belém
Curadoria: Margarida Acciaiuoli
15 de Março a 22 de Julho de 2001
Grande Hall de exposições do Centro Cultural de Belém
José Escada
Secretaria de Estado da Cultura

Exposição realizada na Sociedade Nacional de Belas-Artes no ano da morte do artista, 1980.

 

Arte Portuguesa Contemporânea
Fundação Calouste Gulbenkian
Dezembro de 1976 a (?) de 1977
Museu de Arte Assis Chateaubriand, São Paulo
Dezembro de 1976 a (?) de 1977
Ministério das Relações Exteriores, Brasília
Dezembro de 1976 a (?) de 1977
Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro

Exposição organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, Secretaria de Estado da Cultura e Fundação Calouse Gulbenkian, em intercâmbio cultural luso-brasileiro com o Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Museu de Arte Assis Chateaubriand, São Paulo e Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

 

Art Portugais - Peinture et Sculpture du Naturalisme à nos jours.
Fundação Calouste Gulbenkian
Outubro a Novembro de 1967
Palais des Beaux - Arts
Abril a Maio de 1968
Casón del Buen Retiro
30 de Janeiro a 25 de Fevereiro de 1968
Centre Culturel Portugais, Fondation Calouste Gulbenkian

Comissário: Fernando de Azevedo. Bruxelas, Paris, Madrid, Outubro de 1967 a Maio de 1968.

 

Pintura portuguesa de hoje - abstractos e neofigurativos
Maio a Junho de 1973
Universidade de Salamanca
Julho de 1973
Sociedade Nacional de Belas - Artes
24 de Abril a 6 de Maio de 1973
Palacio de la Virreina
Anos 60, anos de ruptura, uma perspectiva da arte portuguesa nos anos sessenta
Câmara Municipal de Lisboa
Curadoria: António Rodrigues

Palácio Galveias, Lisboa, 1994
Cultura Portuguesa em Madrid
Palácio de Congressos

Palácio de Congressos, Madrid, 1977

 

José Escada, 1934-1980
CAM/FCG

17 de Outubro a 19 de Dezembro de 1991
Centre Culturel Calouste Gulbenkian, Paris

 

Da galeria à poesia
CAM/FCG
Curadoria: Elisa Marques e Júlio Marques.
Centro de Arte Moderna, Lisboa, 2001
Atualização em 23 janeiro 2015

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