• 1999
  • Papel
  • Aguarela
  • Inv. 99DP1753

João Queiroz

S/ Título

Como tantos outros pintores, João Queiroz encontra nas aguarelas uma liberdade plástica e uma velocidade de execução que os óleos e os acrílicos não permitem. A força e a vivacidade que esta técnica oferece adequam-se de modo orgânico à evolução do trabalho pictórico do artista e ao intento de transpor para o papel não o instante descritivo e analítico do exercício paisagístico, mas antes o fruto estético da experiência sensorial da natureza – sem qualquer tipo de interesse por linhas ou por formas geométricas e geográficas.

 

Aproveitando a constituição aquosa da aguarela, Queiroz trabalha as suas percepções do meio natural diluindo a estridente luminosidade e a vibração das cores numa superfície desordenada, no caos aparente de um organismo vivo que foi criado plasticamente para pulsar com a mesma energia primordial que o pintor encontrou na natureza. Contudo, apesar do carácter gestualista e abstracto desta aguarela, os movimentos gloriosos e lúgubres dos azuis esbatidos dominam de tal maneira este espaço sem narrativa que parecem ecoar à distância a composição épica Snow Storm: Hannibal and his Army Crossing the Alps (1812), uma pintura romântica de William Turner com idêntica disposição espacial e intensidade rítmica.

 

 

AR

 

Novembro de 2011

 

 

TipoValorUnidadesParte
Altura70cmsuporte
Largura100cmsuporte
Tipo data
Texto1999
Posiçãocanto superior direito
Tipo assinatura
TextoJoão Queiroz
Posiçãocanto superior direito
TipoAquisição
DataSetembro de 1999
Densidade Relativa
Lisboa, CAM/FCG, 2005
ISBN:972-635-169-x
Monografia
Densidade Relativa
Leonor Nazaré
Curadoria: Leonor Nazaré
27 de Outubro de 2005 a 22 de Janeiro de 2006
HALL de entrada e Piso 1 no CAMJAP
12-8-2006 a 26-11-2006
Centro Cultural Emmerico Nunes e Centro das Artes de Sines
A ideia de trabalhar o conceito de densidade das obras começou por surgir com a constatação de que a palavra é muito frequente nos textos de crítica de arte. O mesmo acontece com a palavra intensidade que facilmente se associa à primeira. Rapidamente se percebe que densidade pode ser sinónimo de riqueza ou de impenetrabilidade, quando não se refere mais literalmente à acumulação de elementos no espaço, por oposição ao vazio ou à rarefacção. O pensamento em torno destas variantes conduziu à percepção de que o conceito poderia ser útil no estabelecimento de um contínuo entre a matéria do pensamento e a dos corpos e objectos, neste caso, a das obras de arte.
Exposição Permanente do CAM
CAM/FCG
Curadoria: Jorge Molder
18 de Julho de 2008 a 4 de Janeiro de 2009
Centro de Arte Moderna
Exposição Permanente entre 18 de Julho de 2008 a 4 de Janeiro de 2009.
Atualização em 23 janeiro 2015

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