- 1965
- Tela
- Óleo
- Inv. 65P276
José Escada
Sem título
Nesta obra encontramos uma súmula das pesquisas de Escada dos anos anteriores. Aqui, revela-se um desenho que tratou o contorno de figuras tendencialmente simétricas através de um jogo forma/fundo que se revela através de um positivo/negativo numa superfície estruturada a partir de espaços delimitados. Esta forma de composição sugere um paradoxo entre uma estruturação padronizada e a sua revelação concreta que afirma a liberdade das formas geradas a partir desse vector simetria, funcionando estas figuras como arquétipos que poderão aludir a ossos, flores, conchas ou seixos. Por outro lado, o tratamento da cor prossegue a transparência revelada em Sem Título, mantendo o seu carácter nublado, apesar da maior definição dos contornos das figuras esbater esse efeito. Todavia, o claro-escuro que se desenvolve de um centro mais iluminado para as margens na penumbra contribui para uma atmosfera diáfana de possível inspiração em vitrais góticos, fazendo as formas emergir da luz, ao mesmo tempo que esbate a rigidez da estruturação da superfície. Deste modo, consegue harmonizar e, simultaneamente, dinamizar a composição, replicando no tratamento do todo o mesmo jogo positivo/negativo que anima cada uma das partes. Esta relação luz/sombra sofre um outro tipo de tratamento nas obras em que Escada aplica a mesma estruturação compositiva da superfície partindo de recortes em metal, papel ou plexiglas, como no caso de Sem Título (Relevo Espacial).
André da Silveira Rodrigues
Tipo | Valor | Unidades | Parte |
Largura | 65 | cm | |
Altura | 99 | cm |
Tipo | Aquisição |
Data | Novembro de 1965 |
Caligrafias, a nascente dos nomes |
Lisboa, Fundação Portuguesa das Comunicações, 2008 |
ISBN: 9789728724191 |
Monografia |
KWY - Paris 1958-1968 |
Centro Cultural de Belém |
Curadoria: Margarida Acciaiuoli |
15 de Março a 22 de Julho de 2001 Grande Hall de Exposições do Centro Cultural de Belém |
Caligrafias : Uma Realidade Inquieta |
Fundação Portuguesa das Comunicações |
Curadoria: Maria João Fernandes |
9 de Outubro de 2008 a 15 de Janeiro de 2009 Lisboa, Fundação Portuguesa das Comunicações |