- 1963
- Plástico
- A definir
- Inv. EE26
Phillip King
Ripple
Ripple (Ondulação) é um exemplo característico da utilização inovadora dos materiais pelos artistas da Nova Geração. Feita em plástico, material em que Phillip King foi pioneiro, Ripple afirma-se como um volume compacto e uniforme, que define o espaço ocupado. A austeridade da composição, a ausência de referências formais, a falta de conteúdo narrativo, um carácter provocantemente matérico e uma evidente ligação entre o design da obra e a natureza racional da produção industrial, são alguns dos elementos que contribuem para reforçar a aparência objectual da obra.
Apesar do interesse de King em minimizar qualquer referência mais autobiográfica ou subjectiva na obra – uma posição partilhada com outros artistas da St. Martin’s School of Art –, foi o único a deixar a obra em aberto para a possibilidade de ser interpretada com um toque de subjectividade e emoção: uma possibilidade também sugerida no título. Ripple ilustra a tendência dominante da época quanto à morfologia da escultura: aparentemente leve, de formas quase intangíveis com tendência à espiral ascendente, triunfante – talvez um sinal do sentimento geral de optimismo e euforia que prevalecia na sociedade britânica. Em Ripple, a harmonia da forma contrabalança o movimento; a cor unifica o todo ondulante e reflecte a luz onde quer que esta incida. O ritmo interno da escultura sugere uma pintura tridimensional, enquanto o volume ocupa o espaço natural, mantendo-o à escala humana – a escala do observador.
King aplicou os princípios básicos da escultura de Anthony Caro, mas prosseguiu, no entanto, desde muito cedo, a descoberta das possibilidades visuais inerentes ao tratamento da superfície, ao mesmo tempo que trabalhou a cor e, de modo subtil, o seu potencial ilusório.
King foi originalmente influenciado pela luz da sua terra natal, a Tunísia, e pela textura do seu solo, pelas formas clássicas da arquitectura e escultura da Grécia Antiga, assim como pela linguagem gestual, sem ornamento da pintura na tradição do Expressionismo Abstracto americano. Criou, ao longo dos anos 60, uma série de esculturas que têm uma presence silenciosa, embora dinâmica no espaço e que assumem a qualidade de um trocadilho conceptual, reflectindo – através da forma do cone, do círculo, do quadrado – o carácter efémero, popular e massificador da época. Depois de 1964, as composições escultóricas de King adquiriram uma forma relativamente mais elaborada, multidimensional. Começou a usar o aço, assim como a madeira – que tinha utilizado mais frequentemente no início da sua carreira – e as suas obras começaram a expandir-se no espaço e a assumir uma relação mais directa com o ambiente circundante, adquirindo assim uma qualidade pública, quase monumental.
Margarita Kataga
Maio de 2010
Tipo | Valor | Unidades | Parte |
Altura | 188 | cm | |
Profundidade | 77 | cm | |
Largura | 89 | cm |
Tipo | Aquisição |
Data | Julho de 1976 |
A Ilha do Tesouro / Treasure Island |
CAMJAP/FCG |
Curadoria: CAMJAP/FCG |
7 de Fevereiro de 1997 a 4 de Maio de 1997 Todo o espaço expositivo do CAM - pisos 0, 1 e 01, e Galeria de Exposições Temporárias. |
Comissários da exposição: Jorge Molder e Rui Sanches. |
Metamorphosis - British Art of the Sixties: works from the collections of the British Council and the Calouste Gulbenkian Foundation |
Basil & Elise Goulandris Foundation - Museum of Contemporary Art |
Curadoria: Fleurette P. Karadontis |
26 de Junho de 2005 a 25 de Setembro de 2005 Basil & Elise Goulandris Foundation - Museum of Contemporary Art |
Comissários da exposição: Richard Riley, British Council, London, e Ana Vasconcelos e Melo, CAMJAP-FCG, Lisboa. |
100 Obras de Arte Britânica Contemporânea |
Fundação Calouste Gulbenkian |
Curadoria: Fundação Calouste Gulbenkian |
Galeria de exposições temporárias, FCG |
Exposição realizada em Janeiro 1971, na Galeria de exposições temporárias, FCG. |
Blast to Freeze: British Art in the Age of Extremes |
Musée d'Art Contemporain Les Abattoirs |
Curadoria: Musée d'Art Contemporain Les Abattoirs |
24 de Fevereiro de 2003 a 2 de Maio de 2003 Musée d'Art Contemporain Les Abattoirs, Toulouse |
Estima-se que 35 000 visitantes tenham visitado a exposição. |