- 1959
- Madeira e Metal
- Construção
- Inv. RE8
Mary Martin
Pierced Relief
A geometria de Martin parece encontrar fundamento no princípio de construção cubista. Em composições escultóricas criadas logo em 1951, existe uma qualidade orgânica nos padrões geométricos entrelaçados, trabalhados em relevo. Estas estruturas dinâmicas podem ser frequentemente vistas como a projecção de uma série de microcosmos naturais. No entanto, o trabalho de Martin não partilha ligações formalistas com um abstraccionismo biomórfico presente na obra de artistas como Ben Nicholson e Barbara Hepworth. Pierced Relief (Relevo Perfurado), embora seja uma obra de puro abstraccionismo geométrico, marcada por uma evidente simplicidade – princípio ao qual Martin em geral parece aderir – é um trabalho lírico, cheio de intimações do elo enigmático entre a existência e o vazio. As relações desenvolvidas no interior da obra parecem estender-se ao espaço físico que a rodeia, tornando-se um elemento dinâmico desse espaço e do campo de visão do observador. Martin usa madeira e materiais industriais como o metal, como ferramentas essenciais de expressão escultórica, impondo um conjunto de relações geométricas específicas no espaço.
A sua obra geométrica inicial apresentava uma paleta expressiva, que parece ser cada vez mais limitada nas suas composições em relevo. Em Pierced Relief, o preto e o branco representam dois elementos antitéticos da existência, negativo e positivo respectivamente. A natureza mística da cor e da forma evoca a dinâmica metafísica das obras de artistas como Malevich, Brancusi e Mondrian.
Margarita Kataga
Maio de 2010
Tipo | Valor | Unidades | Parte |
Profundidade | 9 | cm | |
Altura | 20 | cm | |
Largura | 18,5 | cm |
Tipo | Aquisição |
Data | Julho de 1963 |
A Ilha do Tesouro / Treasure Island |
CAMJAP/FCG |
Curadoria: CAMJAP/FCG |
7 de Fevereiro de 1997 a 4 de Maio de 1997 Todo o espaço expositivo do CAM - pisos 0, 1 e 01, e Galeria de Exposições Temporárias. |
Comissários da exposição: Jorge Molder e Rui Sanches. |