- 1983
- Tela foto-sensibilizada
- Tinta acrílica
- Inv. 84P709
Ricardo da Cruz-Filipe
Mar nº 3
Pintor autodidata, Cruz-Filipe licenciou-se em Engenharia pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, onde foi professor assistente. Iniciou a sua atividade artística em 1955, com trabalhos que recorrem à colagem de recortes com pintura sobre tela. Mais tarde, passou a utilizar telas fotossensíveis como suporte, em obras que apresentou pela primeira vez em 1970, na Galeria 111. Esta técnica, inicialmente usada na indústria publicitária, foi introduzida nos meios artísticos no âmbito do Pop norte-americano, nomeadamente pela mão de Andy Warhol, no início dos anos 60.
Os quatro Mares da coleção do CAM (números 1, 2, 3 e 4) foram realizados a partir de uma mistura de fotografia e pintura sobre tela fotossensível. Para produzir estes trabalhos, o artista recorta e monta fotografias – seja da sua autoria, seja provenientes de revistas ou jornais –, construindo uma composição através de um trabalho manual que remete para o universo cinematográfico. De seguida, fotografa esta montagem em negativo, a preto e branco, e transpõe-na para a tela fotossensível, extremamente absorvente. A tela, com a imagem fotográfica fixada, é por fim trabalhada com tinta acrílica.
Estas obras têm o mar como elemento principal. Dentro do mar, um outro mar, enquadrado por um retângulo, quadrado ou coluna, onde a linha do horizonte traça um elemento comum às quatro obras. Mas estas também partilham a efabulação, através da sobreposição de imagens que referenciam o real, de paisagens marítimas inexistentes, mas contudo próximas do nosso imaginário.
PR
Novembro de 2011
Tipo | Valor | Unidades | Parte |
Largura | 32,5 | cm | |
Altura | 26 | cm |
Tipo | Aquisição |
Data | Maio 1984 |
Linha do Horizonte |
Direcção-Geral das Artes |
Curadoria: Bernardo Pinto de Almeida |
5 de Maio de 2008 a 15 de Junho de 2008 Rio de Janeiro, Centro Cultural da Caixa Económica Federal |
14 de Agosto de 2008 a 28 de Setembro de 2008 Museu Nacional Soares dos Reis |
A Direcção Geral das Artes organizou a exposição "Linha do Horizonte", apresentando o motivo da paisagem na arte portuguesa contemporânea.. Esta exposição fez parte das comemorações dos 200 anos da chegada da corte ao Brasil. |