- 2008
- Papel Fotográfico
- Impressão lambda diasec
- Inv. FP493
Adelina Lopes
Imagem Cheia
As imagens depuradas de Adelina Lopes inserem-se numa poética de inspiração minimalista. Através da subtileza da informação que nos é dada, a sua obra questiona os mecanismos da perceção, obrigando a uma recalibração das evidências formais, que se associam aos títulos das imagens por vias indiciais. É justamente no reforço do jogo da evidência da forma que estes exercícios se transcendem a si próprios.
Na verdade, se os título se referem a uma Imagem Cheia, esta plenitude só se entende porque aquilo que a preenche – água, porventura – é substituída pela linha de fronteira à sua superfície, que define o nível deste preenchimento. É uma estratégia para desviar a atenção do preenchimento da imagem para a importância da sua fronteira, que passa a ser o objeto de estudo e a questão fundamental.
O dentro e o fora, o preto e o branco, o cheio e o vazio, o perto e o longe, o cedo e o tarde, definem-se a partir da existência dessa situação de fronteira; fronteira que a ambos os mundos pertence. É na verdade uma interface sem realidade física que, não obstante, define a fisicalidade, espacialidade ou temporalidade dos mundos que separa. Funciona, assim, como uma espécie de plataforma de convergência que, ao mesmo tempo que une, cria processos de fracionamento que, na relativização ou disjunção das partes, permitem a sua tradução em aquisição de sentido e significado.
JO
Novembro de 2011
Tipo | Valor | Unidades | Parte |
Altura | 80 | cm | |
Largura | 80 | cm |
Tipo | título |
Texto | "Imagem Cheia" |
Posição | verso, margem superior |
Tipo | n.º de série |
Texto | 1/3 |
Posição | verso, margem superior |
Tipo | data |
Texto | 2008 |
Posição | verso, margem superior |
Tipo | assinatura |
Texto | Adelina Lopes |
Posição | verso, margem superior |
Tipo | Aquisição |
Data | Janeiro de 2009 |