• 2001
  • Papel Fotográfico e Madeira
  • Fotografia
  • Inv. 01FP456

Nuno Cera

B – sides #11 (túnel)

Se a série Snapshots (1997) deu início a um novo percurso na carreira de Nuno Cera, a série B-sides and a New Release serviu igualmente de charneira para uma nova etapa na sua obra. As imagens desta série foram apresentadas pela primeira vez em 2001, no âmbito da mostra 7 Artistas ao Décimo Mês na Fundação Calouste Gulbenkian. O título da exposição foi B-sides and A New Release que, referiu-nos Nuno Cera, advém da expressão utilizada na indústria fonográfica para designar (re)edições.

 

Efetivamente, a exposição apresentava um conjunto de imagens pré-existentes, obedecendo a uma montagem específica (B-Sides), e uma outra imagem, destacada do conjunto da montagem anterior, que tinha sido criada especialmente para a apresentação com a série, denominada de New Release, estabelecendo assim o paralelo com a edição musical. Estes dois componentes da exposição correspondem, afirmou-nos Nuno Cera, a duas linhas na sua obra. As imagens de B-sides são «o meu último trabalho na linha das seguintes exposições: Snapshots, Linha de Fronteira, Projecto Tabaqueira, Runaway World, Smog (link) e partes do projecto-livro Cimêncio, que decorreram entre 1997 e 2001», representando portanto o culminar de todo o trabalho do passado. Já a imagem New Release, por ser «feita a partir de tiras de Super-8, faz a ponte entre a fotografia e os filmes Super-8 que comecei a produzir a partir de 2001, especialmente depois de ir para Berlim.»

 

A série B-sides debate-se com duas ordens de problemas. Por um lado, a necessidade de ir mais além das referências do fragmento, da alienação, e do transitório na paisagem contemporânea, temas explorados nas séries anteriores mencionadas. Por outro, a necessidade de expandir a capacidade expressiva da fotografia por força da cinemática associada à narrativa do autor. Nas duas imagens que integram a coleção do CAM (#11 e #13) é a velocidade que prevalece, embora fixa pela câmara fotográfica, fazendo o autor uso do escuro para realçar o carro como um ícone da paisagem urbana contemporânea.

 

 

Nota: da coleção do CAM fazem parte imagens da série Snapshots e Smog. Veja as obras na página do artista.

 

 

 

JO

 

Novembro de 2011

TipoValorUnidadesParte
Altura100cm
Largura70cm
Tipo data
Tipo assinatura
TipoDoação
DataJaneiro de 2002
7/10 - 7 artistas ao 10º mês
Lisboa, CAM/FCG, 2001
ISBN:972 635 135 9
Catálogo de exposição
Densidade Relativa
Lisboa, CAM/FCG, 2005
ISBN:972-635-169-x
Monografia
Densidade Relativa
Leonor Nazaré
Curadoria: Leonor Nazaré
27 de Outubro de 2005 a 22 de Janeiro de 2006
HALL de entrada e Piso 1 no CAMJAP
12-8-2006 a 26-11-2006
Centro Cultural Emmerico Nunes e Centro das Artes de Sines
A ideia de trabalhar o conceito de densidade das obras começou por surgir com a constatação de que a palavra é muito frequente nos textos de crítica de arte. O mesmo acontece com a palavra intensidade que facilmente se associa à primeira. Rapidamente se percebe que densidade pode ser sinónimo de riqueza ou de impenetrabilidade, quando não se refere mais literalmente à acumulação de elementos no espaço, por oposição ao vazio ou à rarefacção. O pensamento em torno destas variantes conduziu à percepção de que o conceito poderia ser útil no estabelecimento de um contínuo entre a matéria do pensamento e a dos corpos e objectos, neste caso, a das obras de arte.
7/10 - 7 artistas ao 10º mês
CAM/FCG
Curadoria: Francisco Vaz Fernandes
11 de Outubro de 2001 a 5 de Janeiro de 2002
Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão
Exposição com obras de Alexandre Estrela, Amando Ferraz, Carlos Roque, Inês Pais, Nuno Cera, Rui Toscano e Rui Valério.
Atualização em 23 janeiro 2015

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