Projetos vencedores das residências artísticas «Bauhaus of the Seas Sails»

Os projetos de Rain Wu, de Francisca Rocha Gonçalves, e do coletivo Fahrenheit 180 são os vencedores das três residências artísticas «Bauhaus of the Seas Sails», uma iniciativa do CAM em colaboração com os municípios de Lisboa e Oeiras.
02 jul 2024

Estes três projetos colaborativos têm em comum a capacidade de conjugar a arte com domínios tão diversos como a ciência, a gastronomia e o design, sob o mote da sustentabilidade e da relação com o ambiente marinho local – o estuário, o rio e o oceano.

Underwater Ecotones é o projeto escolhido para a Residência Arte & Ciência – A Call to the Sea, que decorrerá no município de Oeiras. Liderado por Francisca Rocha Gonçalves (PT), em colaboração com Akira Kira (PT), Johannes Goessling (DE) e Pedro Frade (PT), o projeto propõe a investigação de paisagens sonoras, ruídos e vibrações subaquáticas, numa relação direta com espécies vivas, existentes na coleção do Aquário Vasco da Gama. Underwater Ecotones pretende ainda repensar o espaço museológico, imaginando as possibilidades e o impacto do que poderá vir a ser um museu-aquário no futuro.

Para a Residência Arte & Gastronomia – Eating Between Tides, foi escolhido o projeto Lisbon Spice Rack. Liderado pela artista taiwanesa Rain Wu em colaboração com Inês Neto dos Santos (PT) e Mariana Sanchez Salvador (PT), este projeto investigará as plantas comestíveis selvagens no Mar da Palha. Através de um processo de cocriação com estudantes de Marvila e com o chef do restaurante do CAM, André Magalhães, as artistas desenvolverão um menu regenerativo que será posteriormente testado em escolas de Lisboa e no novo restaurante do CAM.

Por fim, e também em Lisboa, À flor do azulejo, a cor do Tejo é o projeto a ser desenvolvido na Residência Arte & Design – Radical Waters–Concrete Matters. Este projeto, pensado pelo coletivo Fahrenheit 180 – do arquiteto suíço Jeremy Morris e do designer luso-suíço Luca Carlisle, e com sede em Lisboa –, propõe reaproveitar o desperdício de ostras como um novo substrato para reimaginar o típico azulejo português. Usando ligações naturais derivadas de algas marítimas da zona, tem como objetivo reduzir o consumo de energia no processo de produção dos azulejos e elevar o papel das ostras e algas na limpeza das águas e no armazenamento de carbono.

A seleção dos projetos foi feita por um júri composto por representantes das instituições parceiras do Bauhaus of the Seas Sails e por membros independentes  nacionais e internacionais  especialistas em diversas áreas de conhecimento: Alejandro Alonso Díaz (curador e escritor, ES), André Magalhães (chef do restaurante do CAM, AO/PT), Filipa Ramos (curadora e escritora, PT/RU), Margarida Mendes (investigadora e curadora, PT), Sarah Lewis-Cappellari (investigadora, dramaturga e professora, DR/EUA/PT), e Thiago Jesus (investigador e produtor criativo, BR/RU). O processo contou ainda com a colaboração do Thyssen-Bornemisza Art Contemporary – TBA21, uma instituição, entre Madrid e Veneza, dedicada à investigação artística correlacionada com o nosso Oceano.

Os três projetos vencedores serão desenvolvidos ao longo de três meses, entre setembro e dezembro de 2024, na bio-região do rio Tejo, entre Lisboa e Oeiras.

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