Nuno Calvet (1932-2023)
Além das 65 fotografias da sua autoria pertencentes à coleção do CAM, Nuno Calvet figurou em várias mostras da coleção permanente, tendo ainda apresentado os seus trabalhos na Fundação Gulbenkian em duas importantes exposições temporárias nos anos de 1980, inteiramente dedicadas à sua obra.
Em 1983, «Além Terra. 60 Fotografias de Nuno Calvet», apresentava imagens captadas no Alto e no Baixo Alentejo entre 1971 e 1982, que davam a conhecer a paisagem alentejana que o artista tanto admirava. Em 1986, em colaboração com a Cooperativa Árvore do Porto, a Fundação mostra a exposição «Nuno Calvet. Caminhos» que contava com um conjunto de 58 fotografias a cores, que foram adquiridas na totalidade para a coleção do CAM. Nesta série, o artista vai para lá das planícies alentejanas, fotografando cidades e paisagens de zonas litorais.
«Penso que, sobre fotografia, as palavras são raramente necessárias, e, ao contrário, geralmente supérfluas», afirmou Nuno Calvet numa entrevista à RTP[1], acrescentando ainda que «A cerca de um qualquer fotógrafo, pouco ou nada há a dizer, unicamente há que ver, porque, como disse Paul Strand – um dos grandes fotógrafos de sempre –, uma fotografia é, acima de tudo, a fotografia do seu autor.»
[1] Disponível em https://arquivos.rtp.pt/conteudos/perfil-nuno-calvet/, consultado a 6 de novembro de 2023.