Tensão e Liberdade
Com curadoria da então diretora do CAM, Isabel Carlos, Tensão e Liberdade inaugurou em junho de 2015, reunindo obras de três importantes instituições: o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona e a Fundação ”La Caixa”. Tendo como base a história política de Portugal e de Espanha no século XX, marcada por regimes ditatoriais e guerras, a exposição desenrolou-se em torno de três abordagens principais: a esfera sociopolítica e revolucionária; as questões raciais, de género, de sexualidade e a consequente presença do corpo; e a tensão formal e física num aprofundamento e instabilização do modernismo.
Com mais de meia centena de obras, a exposição não se limitou a apresentar artistas portugueses e espanhóis, procurando esta dicotomia «tensão e liberdade», de uma forma mais alargada, na arte ocidental da segunda metade do século. Os artistas presentes foram: Ana Hatherly, Ângela Ferreira, Antoni Muntadas, Asier Mendizabal, Bruce Nauman, Damián Ortega, Eric Baudelaire, Gabriel Abrantes, Jeff Wall, João Abel Manta, Luísa Cunha, Martin Kippenberger, Mike Kelley, Miralda, Miroslaw Balka, Nuno Nunes-Ferreira, Pepe Espaliú, Ramon Guillén-Balmes, Richard Hamilton, Roni Horn, Samuel Beckett e Vasco Araújo.
Entre as obras da Coleção do CAM apresentadas na exposição, encontravam-se a série Ruas de Lisboa e o filme Revolução de Ana Hatherly, a instalação For Mozambique de Ângela Ferreira, o filme Olympia 1 & 2 de Gabriel Abrantes, vários desenhos de João Abel Manta, a instalação sonora Senhora! de Luísa Cunha, Propaganda de Nuno Nunes-Ferreira, duas fotografias de Richard Hamilton e o filme Mulheres d’Apolo de Vasco Araújo.
A exposição foi acompanhada por um caderno ilustrado com uma seleção de obras dos três acervos, com um texto de Isabel Carlos.
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