William Scott

1913 – 1989

William Scott afirmou-se como artista sobretudo nas décadas de 1950 e 1960, apesar de ter começado o seu percurso artístico já nos anos 20. Tomando cedo por referências os mestres das vanguardas, é o impacto do Abstracionismo norte-americano que dá uma direção nova à sua pintura. Scott representou o Reino Unido na Bienal de Veneza de 1958. Foi eleito Sociétaire du Salon d’Automne em Paris (1938) e Royal Academician (1984), e foram-lhe atribuídos doutoramentos honoris causa pelo Royal College of Art, Queen’s University Belfast e Trinity College Dublin.

Tendo nascido em Greenock, Escócia, a família de William Scott mudou-se para a Irlanda do Norte em 1922.Teve aulas com a pintora Kathleen Bride, que lhe mostrava imagens de artistas como Cézanne, Modigliani, Picasso e Derain, decisivos na sua formação. Mais tarde, estudou no Belfast College of Art (1928-1930) e ganhou uma bolsa para ingressar na Royal Academy de Londres, onde estudou escultura (1931-1933) e pintura (1934-1935). Em 1936 pintou durante seis meses em Mousehole, em Cornwall, onde passará os seus Verões a partir de 1946, desenvolvendo uma relação próxima com vários pintores da «Escola de St Ives».

 

Nos últimos anos da década de 1930 viajou por Roma, Veneza e França, e fundou uma escola de arte em Pont-Aven, com o pintor Geoffrey Nelson. Embora tenha vivido sobretudo em França neste período, regressou a Inglaterra em 1939, e dois anos depois comprou uma casa de campo perto de Bristol, onde dirigia uma horta comercial e ensinava na Bath Academy of Art (1946-1956). Serviu na Royal Army e nos Royal Engineers, em cujo departamento de cartografia aprendeu a técnica da litografia, num período em que praticamente cessou de pintar. Produzia então essencialmente naturezas-mortas neo-cubistas, inspiradas nos mestres modernistas que tinha estudado nos museus europeus.

 

Contudo, após uma visita aos Estados Unidos em 1953, onde conheceu pessoalmente Jackson Pollock (1912-1956), Mark Rothko (1903-1970) e Franz Kline (1910-1962), mudou a sua pintura significativamente, numa redução radical aos valores da cor e da forma. Não obstante esta influência do Abstracionismo norte-americano, a sua obra sempre manteve um equilíbrio pensado entre a abstração e a figuração, consciente da tradição pictórica europeia. Nunca abandonou os temas da natureza-morta, da paisagem e do nu feminino.

 

 

AR

 

Maio de 2010

 

 

Atualização em 10 março 2016

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