Vasco Araújo

Lisboa, Portugal, 1975

Licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1994-99), Vasco Araújo complementa a sua formação inicial com o Curso Avançado em Artes Plásticas da Maumaus, Escola de Artes Plásticas e Fotografia (1999-2000). Em 2002, realiza a sua primeira exposição individual, na Galeria César (actual Filomena Soares), em Lisboa, participando, desde 1999, em várias exposições colectivas, nacionais e internacionais. Em 2003 é o vencedor do Prémio EDP Novos Artistas.

Ao longo do seu percurso, tem integrado diversos programas de residências artísticas, importantes para um desenvolvimento conceptual que, especificamente, tem enformado algumas das obras produzidas nestes contextos: na University of Arts (2007), em Filadélfia, no Baltic Center for Contemporary Art (2007), em Gateshead, Récollets (2005), em Paris, e Core Program (2003-04), em Houston. Nomeado, em 2008, para um dos mais importantes prémios europeus no âmbito das artes visuais, o Artes Mundi, Vasco Araújo é um dos artistas da sua geração com maior presença no circuito internacional, tendo participado nas importantes 13.ª Bienal de Sidney (2002), 51.ª Bienal de Veneza (2005), 1.ª Bienal de Moscovo (2005), 28ª Bienal de S. Paulo (2008).

Através de diferentes suportes, escultura, instalação, vídeo, fotografia e performance, Vasco Araújo tem estruturado o seu discurso a partir de uma original desconstrução e reconstrução de códigos comportamentais que reflectem sobre a relação do sujeito com o mundo. O desempenho do corpo, da voz (a do próprio artista, que pratica o canto lírico), a gestualidade, a linguagem e as formas sociais estabelecidas, são repensados através de uma poética particular. Para esta poética são convocados dispositivos formais associados à ópera, ao Barroco, à etiqueta palaciana, à dança, ao Modernismo, à mitologia, definindo um espaço próprio, estético e discursivo. Amplamente alicerçado na Literatura e na Filosofia, Vasco Araújo expõe criticamente o olhar do outro, a ambiguidade das relações, a fragilidade dos sistemas, a construção do real, a identidade e a sexualidade, a virtude e a moral do dever, a geografia dos afectos e as pulsões do desejo e da paixão. Nas várias obras do artista, os diálogos acontecem através da multiplicação de identidades, a partir de uma só voz, numa intensa viagem interior. Publicado em vários livros e catálogos, o trabalho do artista está representando em várias colecções públicas e privadas, nacionais e internacionais: Centre Pompidou, Musée d’Art Modern (França); Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal); Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografía – COFF (Espanha); Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (Espanha); Fundação de Serralves (Portugal); Museum of Fine Arts Houston (EUA), entre outras.

 

Pedro Faro

Atualização em 13 abril 2023

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