Tim Scott

Londres, Inglaterra, 1937

Tim Scott teve uma formação em arquitetura, se bem que sempre interessado na escultura. Em Paris, no início da década de 60, conheceu o trabalho abstrato de David Smith, que teve um impacto decisivo, levando-o a dedicar-se definitivamente à escultura. Desenvolveu um trabalho variado, de formas abstratas que exploram as características de materiais até então pouco convencionais. Na década de 70 começa a explorar o aço soldado. A sua obra tem sido amplamente exposta e faz parte de várias coleções públicas. Atualmente vive e trabalha entre Yorkshire e Sri Lanka.

Nascido em Londres, Tim Scott passou parte da sua juventude em Lausanne, na Suíça. Estudou arquitetura na Architectural Association em Londres (1954-1959), ao mesmo tempo que tinha aulas de escultura sob orientação de Anthony Caro (n. 1924) na St Martin’s School of Art. Trabalhou de 1959 a 1961 no ateliê de arquitetura Corbusier-Wogenscky, em Paris, e foi nessa cidade que nasceu o seu interesse pela escultura abstrata. Interessou-se profundamente pela obra de Constantin Brancusi (1876-1957) e do escultor abstrato norte-americano David Smith (1906-1965), que conheceu através de fotografias. A abordagem radical e a rejeição de técnicas e materiais tradicionais do último foi fundamental para os escultores britânicos na década de 60.

Ao regressar a Londres, em 1961, foi nomeado Professor de Escultura em St Martin’s, onde deu aulas até 1980. Começou, então, a experimentar com materiais pouco convencionais, como a fibra de vidro, folha acrílica, vidro e metal, em grandes formas volumétricas cobertas de cores brilhantes. Foi convidado para integrar a exposição New Generation: 1965, na Whitechapel Gallery, onde apresentou trabalhos que partiam na construção de blocos e placas, feitos de vários materiais, como a madeira e o plástico. Contudo, no fim da década, dececionado com a fragilidade do plástico, decidiu adotar o aço soldado como material preferido. Aproveitando a sua formação arquitetónica, criava objetos escultóricos a partir de barras e vigas de aço, aparafusadas e soldadas para conferir à estrutura um aspeto mais dinâmico e fluido. Estas obras parecem gravitar no ar, apesar da sua escala monumental.

A partir dos anos 80 as suas esculturas adquiriram formas mais rudes e agressivas. Recentemente voltou a empregar o plástico como material primário nas suas criações.

Paralelamente ao seu percurso artístico, trabalhou sempre no ensino, que só abandonou em 2002. Foi professor no Canterbury College of Art, Birmingham Polytechnic, St. Martin’s School of Art e na Kunstakademie de Nuremberga, vivendo na Alemanha durante a maior parte da década de 80 e 90. Organizou vários workshops de escultura em Berlim, Edmonton, Nova Iorque e Santiago do Chile.

 

Afonso Ramos

Maio de 2010

Atualização em 16 abril 2023

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