Robyn Denny

1930

Robyn Denny foi um dos representantes da viragem e internacionalização da arte britânica no final da década de 1950. A sua obra é intensamente urbana, ligada à arquitetura tanto ao nível formal como na preferência por instalações de grande escala e por projetos de arte pública, implicando sempre a presença do espectador. Foi um dos mais jovens artistas a obter uma retrospetiva na Tate Gallery (1973). Em 1981, mudou-se para Los Angeles, Califórnia, onde transformou radicalmente a sua pintura, fascinado com o ambiente urbano dessa metrópole e a luz, filtrada pelo smog característico da cidade. Regressou a Londres na década de 90, onde continua a viver e trabalhar.

Roby Denny nasceu em Surrey, Inglaterra. Estudou em Paris e na St Martin’s School of Art (1950-1954). Após cumprir o serviço militar, inscreveu-se no Royal College of Art (1954-1957), onde foi colega de Richard Smith e Alan Green. Os seus trabalhos iniciais associam Denny ao Tachismo francês, em rostos criados através de um processo gestual com tinta pingada e escorrida. No entanto, neles já se revela a sua imagética peculiar, que incluía colagens abstratas.

 

Com a revelação do Expressionismo Abstrato em Londres, no final dos anos 50, a abstração afigurava-se como a via principal para as artes visuais. Dentro desta linha, Denny distinguiu-se com um dos trabalhos mais originais e influentes da sua geração. O seu primeiro projeto de arte pública, um amplo mural para a loja Austin Reed em Regent Street, onde, numa colorida composição, se podia ler «Great big biggest wide London», espelhando o otimismo e a euforia da Swinging London.

 

Ao longo do seu percurso, Denny voltou repetidamente à problemática do espaço, não só na pintura mas também no espaço museológico. Organizou exposições inovadoras como Place, no Institute of Contemporary Arts de Londres (1959), na qual foram instaladas grandes telas suspensas sobre o chão, operando uma redefinição da noção de espaço expositivo que foi resumida na fórmula «Space is Place» [Espaço é Lugar].

 

Em 1959 adota o estilo abstrato pelo qual se tornou mais conhecido. Nos dois anos seguintes participa em e coorganiza as exposições Situation, nas galerias da Royal Society of British Artists. Nas telas monumentais que exibia explorava de novo a relação entre formato e escala e o modo como o olhar humano perceciona a obra no espaço envolvente. Mas apesar de construir rígidas estruturas lineares e simétricas procurava aplicar as cores de modo a conseguir destabilizar a organização das formas geométricas, gerando uma forte ambiguidade ilusória.

 

A par da sua atividade como artista, foi também crítico de arte e professor. Ensinou na Hammersmith College of Art (1957-1959), Bath Academy of Art (1959), Slade School of Art (1965-1972) e Minneapolis School of Art (1967).

 

 

AR

 

Maio de 2010

 

 

Atualização em 10 março 2016

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