Paul Huxley
Modus Vivendi
Londres, Inglaterra, 1938
Paul Huxley começou por pintar composições muito simples, conhecidas como a fluid series [série fluída], que conjugam formas geométricas e sinuosas, dir-se-ia derretidas, sobre um fundo monocromática. Contudo, quando participou nas exposições com o nome Situation, que decorreriam nas galerias da Royal Society of British Artists em Londres no início da década de 60, ostentava já uma preocupação diferente com as propriedades formais da pintura. Ao aumentar a escala, criava, através da utilização de um geometrismo esquematizado em retângulos e triângulos espalhados pela tela, a ilusão dum espaço tridimensional.
Depois de ganhar o Prémio de Viagem Stuyvesant, em 1964, viajou até aos Estados Unidos da América, onde conheceu pessoalmente os artistas que mais haviam influenciado a sua geração, como Mark Rothko (1903-1970), Barnett Newman (1905-1970), Robert Motherwell (1915-1991), Andy Warhol (1928-1987) e Jasper Johns (n. 1930). No ano seguinte, foi premiado na Bienal de Paris e recebeu uma Harkness Fellowship, que lhe permitiu viver dois anos em Nova Iorque. Aí começa a desconstruir o formato tradicionalmente monocêntrico da pintura abstrata, passando a utilizar as telas divididas que caracterizarão em diante o seu trabalho.
Ao longo dos anos 70 regressa às fontes da pintura modernista, incorporando na sua obra referências ao cubismo e ao surrealismo. Atualmente, procura, de forma semelhante, inspiração nos néones publicitários de Xangai, conjugando formas abstratas com caracteres linguísticos sobre fundos monocromáticos.
AR
Maio de 2010