Mark Wallinger

1959

Mark Wallinger nasceu em 1959 em Chigwell, Essex. Estudou no Loughton College (1977-1978) e na Chelsea School of Art (1978-1981). Mantendo um trabalho na livraria comunista Collets, em Londres, ingressa em 1983 no Goldsmith’s College, onde concluirá dois anos depois o seu mestrado com uma tese sobre o romance Ulysses de James Joyce. Será mais tarde convidado para lecionar na mesma universidade. Expõe os primeiros trabalhos, pictóricos e figurativos, em 1981. Realiza, dois anos depois, a sua primeira exposição individual, na galeria Minories em Colchester.

O trabalho de Mark Wallinger adquiriu especial projeção em 1992, quando duas das suas séries, Capital (1990) e Race, Class, Sex, [Raça, Classe, Gênero] (1992), são adquiridas pelo colecionador Charles Saatchi. A sua obra integra, logo em 1993, a exposição Young British Artists II na Saatchi Gallery e, em 1997, Wallinger participa na polémica exposição Sensation: Young Artists from the Saatchi Collection, na Royal Academy of Arts de Londres.

 

Wallinger irá destacar-se por um posicionamento crítico e irónico face às tradições e aos valores britânicos, explorando estratégias com forte cunho de comentário moral e politico. Um dos motivos mais recorrentes na sua obra e que, para o artista, assume especial interesse, especialmente entre 1992 e 1995, são os cavalos de corrida, protagonistas em séries como Race, Class, Sex ou Half-brother [Meio-irmão] e obras como A Real Work of Art [Uma verdadeira obra de arte] (1995).

 

Desde finais da década de 90, o seu âmbito de pesquisa descola-se de algumas das estratégias iniciais, abrangendo novas problemáticas e outros meios, como a fotografia, a instalação e o vídeo. Em 1999 criou uma das suas obras mais aclamadas, Ecce Home, uma escultura em tamanho real representando Cristo, erigida na praça de Trafalgar Square em Londres.

 

Em 2000 a Tate Liverpool dedicou-lhe uma exposição retrospetiva, intitulada Credo, sendo no ano seguinte o representante do Reino Unido na Bienal de Veneza. Mark Wallinger foi nomeado duas vezes para o prémio Turner – a primeira em 1995, em que perderá para Damien Hirst (n. 1965), que fora seu aluno no Goldsmith’s College, e a segunda em 2007, vencendo nesse ano com a obra State Britain, uma réplica do protesto do ativista Brian Haw exposta na Tate Britain.

 

 

CC

 

Maio de 2010

 

 

Atualização em 10 março 2016

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