Louis Le Brocquy
Young Woman
1916
No início dos anos 50, trabalhou também como designer de têxteis, tapeçarias e mosaicos, e colaborou com Graham Sutherland e Stanley Spencer. Em representação da Irlanda na Bienal de Veneza em 1956, ganhou o Praemio Prealpina, e pouco depois, conheceu a artista Anne Madden, com quem casou e foi viver para o Sul de França. Inicia então uma das suas séries mais inventivas, a caminho da abstracção, em “pinturas brancas” onde as figuras humanas surgem isoladas e destoantes sobre uma superfície vazia. A profunda originalidade destas obras entre a sua geração, devia-se na verdade à sua observação de grupos de pessoas a conviver junto de muros caiados, em Espanha, sob um Sol forte. Mas só a partir de 1964, surgem os primeiros exemplos do seu ciclo de pinturas mais conhecido, representando as cabeças de literatos famosos da Irlanda, como Joyce, Wilde ou W. B. Yeats, de quem tinha sido amigo de infância, e de artistas e amigos pessoais seus, entre os quais, Samuel Beckett, Seamus Heaney, Francis Bacon e Bono, em imagens que se tornaram o expoente máximo das constantes explorações da condição humana que le Brocquy conduziu no seu percurso. Ensinou na Central School of Arts & Crafts, Londres (1947-54) e no Royal College of Art (1955-58). É Chevalier de la Legion d’Honneur (1975), Saoi da Aosdána (1994), Officier des Arts et des Lettres (1999), Officier de l’Ordre de la Couronne Belge (2001), e tem doutoramentos honoris causa pela University of Dublin (1962), University College Dublin (1988), Dublin City University (1999), Queen’s University, Belfast (2002) e Dublin Institute of Technology (2004). Foi-lhe atribuída “The Freedom of the City of Dublin” (2007), a maior honra da cidade. É o único artista vivo cuja obra está representada na National Gallery of Ireland. Vive e trabalha em Dublin e em França.
AR