José Pedro Croft
S/ Título
Porto, Portugal, 1957
Expõe regularmente desde 1981, tendo realizado a sua primeira exposição individual em 1983, na Galeria do Diário de Notícias. A formação com Cutileiro irá ser determinante no desenvolvimento do seu trabalho. Logo nos primeiros anos de atividade, a ausência e a presença da morte aparecem com referências ao túmulo, arquétipo que se manterá ao longo do seu trabalho. É ainda nessa época que desenvolve conjuntos de esculturas em pedra a partir de desperdícios industriais.
Em 1981 participa no Simpósio de Escultura em Évora, no âmbito do qual realiza a sua primeira obra de exterior; esta será determinante para o entendimento da complexidade da escultura pública, que realiza até ao presente.
A partir de 1988 aparecem as primeiras esculturas em bronze e ferro fundido, tendo a pedra deixado de ser o material preferencial, passando a trabalhar a partir de construções, utilizando objetos pré-existentes desfuncionalizados, que recontextualiza.
Em 1986 começa a trabalhar com a Galeria EMI – Valentim de Carvalho, que o levará a expor pela primeira vez em Espanha, na Suíça e na Bélgica. Em 1987 participa na Bienal de São Paulo; a partir daí, irá expor regularmente no Brasil, em galerias e museus. Em 1991 inicia o trabalho de gravador, que, em paralelo com o desenho, virá a ter a mesma importância que a escultura. Técnicas diferentes, pelas quais a sua obra vai transitando sem hierarquias. Cria obras de grandes dimensões em que a escala do corpo e as relações arquitetónicas estão sempre presentes.
O Centro Cultural de Belém organiza uma exposição do seu trabalho de 1979 a 2002, com o título “retrospectiva”.
Em 2007 realiza a exposição Paisagem Interior no Átrio do Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, por ocasião dos 50 anos da Fundação. Mais recentemente, em 2009, expõe na Galeria Filomena Soares, galeria que atualmente o representa em Portugal. Em 2012, apresentou na galeria Appleton Square Dois Desenhos, uma Escultura e em Espanha, Proceso estacionario, na Galería Helga de Alvear, Madrid. Já em 2013: Tres Puntos no alineados, Sala Palexco, Corunha, e Acotaciones al vacío, na Galeria Proyecto Paralelo, Cidade do México.
João Silvério
Abril de 2013