John Hoskin
Column
John Hoskin
1921 – 1990
Nasceu em Cheltenham. Abandonou a escola aos 14 anos, e trabalhou como desenhador arquitectónico até cumprir o serviço militar no Exército (1942-1947). Ao voltar da Alemanha, retomou o seu antigo ofício, mas sentiu-se de tal maneira desmotivado que decidiu partir para a cidade de St Ives e tornar-se artista. Foi para a rua pedir boleia, e por coincidência, foi o artista Terry Frost que passou de carro e o levou até à Cornualha, numa viagem que Hoskin nunca esqueceria, por ter chegado ao destino com a firme decisão de que seria escultor, “foi como se toda a minha vida até então estivesse fora de ritmo” [it was as if my whole life until then had been playing out of tune].
Apesar de não possuir qualquer treino académico formal, no início dos anos 50 começou a pintar telas abstractas e a esculpir relevos, construções e objectos em metal, combinando superfícies curvas e brilhantes com varetas negras soldadas que as mantinham juntas, num conflito de diversas formas metamórficas. Ao contrário de escultores como Anthony Caro ou Phillip King que valorizavam o carácter predominantemente abstracto do seu trabalho, Hoskin interessava-se mais por juntar modelos geométricos e orgânicos, muitas vezes coloridos, que encontravam inspiração em certos elementos dos animais ou de insectos. A partir de 1953, dedica-se exclusivamente à escultura abstracta, no mesmo ano em que começa a trabalhar como assistente de Lynn Chadwick em St Ives, e pouco tempo antes de começar a expor com o “London Group” (1954), tornando-se uma dos escultores britânicos mais importantes da sua geração.
Foi escultor residente na Lancaster University (1968-1971). Alcançou o lugar de Director da Escola de Pintura na Bath Academy, em Corsham (1957-1968), e foi Professor de Belas-Artes no Leicester Polytechnic (1978-1988).
Afonso Ramos
