John Coplans
Self Portrait: Upside Down, no. 1
1920 – 2003
Começa a pintar em 1946, participando em 1957 na exposição Metavisual, Tachiste, and Abstract Art na New Visions Centre Gallery de Londres. Fascinado pela pintura americana que verá em exposições como Hard-edged Painting e New American Painting em finais dos anos 50, decidirá, em 1960, partir para os Estados Unidos da América, instalando-se em S.Francisco, onde dará aulas de Design na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Dois anos depois será um dos editores-fundadores da Artforum, começando a ter, progressivamente, um papel de destaque no universo da crítica da arte, escrevendo também para outras publicações como a ArtNews, Studio International e Art in America.
A sua influência no meio artístico irá conduzi-lo aos cargos de director da Galeria de Arte da Universidade da Califórnia, em 1965, e, em 1978, do Museu de arte de Akron, Ohio, onde fundará, com Don Harvey, a revista Dialogue. Ao longo da sua carreira, Coplans seguirá de perto a Pop e a Minimal Art, organizando as exposições Pop Art USA (1963), Serial Imagery (1968), e também exposições retrospectivas de Roy Liechtenstein (1967), Wayne Thiebaud (1968), Andy Warhol (1970) e Donald Judd (1971).
O interesse que cultivará pela fotografia cresce sobretudo na década de 70, altura em que organizará a primeira exposição americana de John Heartfield, além de uma exposição retrospectiva de Weegee para o International Center of Photography de Nova Iorque (1978). Terá ainda, desde cedo, uma admiração pelo fotógrafo paisagista Carlton Watkins, coleccionando as suas fotografias. Coplans acabará por vender essa mesma colecção para financiar uma definitiva viragem de percurso aos sessenta anos, altura em que abandonará a carreira de crítico e curador para se dedicar totalmente à fotografia.
Exibirá os primeiros Self-Portraits [Auto-Retratos] do seu corpo na Galeria Pace/MacGill, em 1986, expondo depois em vários dos grandes museus internacionais. Destacam-se as exposições retrospectivas no Centro Pompidou de Paris em 1994, no P.S. 1 Contemporary Art Center de Nova Iorque, em 1997, e na National Gallery of Scotland, Edinburgo, em 1999.
Catarina Crua
Maio de 2010