Hubert Dalwood
Horizon opus 103
1924 – 1976
Com um dos percursos mais distintos da sua geração, Dalwood trabalhava no sentido contrário aos princípios teóricos de Anthony Caro, defendendo que a escultura devia olhar para a realidade exterior, em vez de se encerrar no seu próprio mundo, e recusando utilizar o material de modo purista, ao elaborar engenhosas abstracções em alumínio, geralmente pintado de várias cores, num diálogo atento com o corpo humano, e a arquitectura e paisagem envolvente. Apesar do reconhecimento que hoje têm, as suas obras vanguardistas de então foram excluídas da célebre exposição da “New Generation” na Whitechapel Gallery (1965), onde os jovens escultores tinham por bases de trabalho os ensinamentos de Caro, de quem tinham sido alunos na St Martin’s School of Art.
Ensinou na Newport School of Art (1951-1955), e foi “Gregory Fellow” da Leeds University (1955-1959). A sua popularidade internacional garantiu-lhe um posto de Professor na University of Illinois (1964), nos E.U.A., iniciando uma viragem artística que seria ainda mais acentuada ao ganhar uma bolsa Churchill (1972), com a qual viajou pela Índia e pelo Extremo Oriente, ficando fascinado com os bonsais e jardins Zen que seriam o objecto das suas últimas peças. Após ter ensinado o Royal College of Art, foi nomeado Director de Pintura na Central School of Arts and Crafts, em Londres (1974).
Afonso Ramos