Hubert Dalwood

1924 – 1976

Nasceu em Bristol. Após ter trabalhado na Bristol Aeroplane Company (1940-1944), serviu como engenheiro na Royal Navy (1944-1946). Estudou na Bath Academy of Art (1946-1949), sob a orientação de Kenneth Armitage, e recebeu de seguida uma bolsa do Governo Italiano (1950), que o leva a Sícilia e a Milão, onde conheceu Marino Marini e trabalhou numa fundição de bronze. Começou por esculpir motivos figurativos, que cedo evoluíram para formas abstractas e minimalistas de grande escala, criadas num sentido de mistério e ritual. A originalidade destas peças valeu-lhe de imediato a participação na Bienal de Veneza (1962), entre os nomes mais célebres da escultura britânica do pós-guerra.

Com um dos percursos mais distintos da sua geração, Dalwood trabalhava no sentido contrário aos princípios teóricos de Anthony Caro, defendendo que a escultura devia olhar para a realidade exterior, em vez de se encerrar no seu próprio mundo, e recusando utilizar o material de modo purista, ao elaborar engenhosas abstracções em alumínio, geralmente pintado de várias cores, num diálogo atento com o corpo humano, e a arquitectura e paisagem envolvente. Apesar do reconhecimento que hoje têm, as suas obras vanguardistas de então foram excluídas da célebre exposição da “New Generation” na Whitechapel Gallery (1965), onde os jovens escultores tinham por bases de trabalho os ensinamentos de Caro, de quem tinham sido alunos na St Martin’s School of Art.

 

Ensinou na Newport School of Art (1951-1955), e foi “Gregory Fellow” da Leeds University (1955-1959). A sua popularidade internacional garantiu-lhe um posto de Professor na University of Illinois (1964), nos E.U.A., iniciando uma viragem artística que seria ainda mais acentuada ao ganhar uma bolsa Churchill (1972), com a qual viajou pela Índia e pelo Extremo Oriente, ficando fascinado com os bonsais e jardins Zen que seriam o objecto das suas últimas peças. Após ter ensinado o Royal College of Art, foi nomeado Director de Pintura na Central School of Arts and Crafts, em Londres (1974). 

 

 

Afonso Ramos

Atualização em 10 março 2016

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