Harold Cohen

1928

Nasceu em Londres. Após servir na R.A.F. (1946-1948), estudou pintura na Slade School of Fine Arts (1948-1952) e obteve uma bolsa Abbey para viajar por Itália durante seis meses. Ensinou história da arte na Camberwell School of Art (1953-1955), deu aulas de matemática numa escola preparatória, e abriu uma loja de mobiliário, desenhando os móveis e os têxteis. Com uma bolsa Harkness, viveu em Nova Iorque (1959-1961), num período importante de reavaliação do seu trabalho em pintura. Desde o início que a sua obra gravita em torno de um interesse particular pela cor, enquanto problema de representação. Sobre as telas, experimentava a sua capacidade expressiva e as relações que podia manter com a forma, dentro de um esquema geométrico organizado a partir de bandas rectangulares coloridas. Cohen trabalhava igualmente o arranjo espacial da composição, tentando redefinir a função das margens de uma pintura, e testando com quão poucas linhas era capaz de criar uma imagem reconhecível para o observador.

Contribuiu para as exposições da Situation (1960 e 1961), onde o seu irmão, Bernard Cohen, fazia parte do comité organizador. Representou a Grã-Bretanha na Bienais de Paris (1959), Tóquio (1963), Veneza (1966), e no Carnegie International (1961), na Trienal de Milão (1963) e na Documenta 3 (1964). Foi também Professor na Slade (1962-1965), onde organizou um curso inédito sobre experiências directas de aplicação e discriminação da policromia.

 

Mudou-se para os Estados Unidos (1968), para dar aulas na University of California, San Diego. Iniciou, nessa altura, um profundo interesse por programação informática e inteligência artificial, que o levou a integrar por dois anos o Artificial Intelligence Laboratory da Stanford University (1971-1972), onde desenvolveu um projecto pioneiro no campo do desenho “freehand”, com o computador AARON (1974), que simula o processo cognitivo do acto humano de desenhar. Desde então, esta máquina tomou por inteiro a sua produção artística, inventando recentemente um sistema automático de pintura, que utiliza as suas características cores brilhantes. Nunca mais regressou a Londres. Vive e trabalha na Califórnia.

 

 

Afonso Ramos

Atualização em 10 março 2016

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