Hafidh Al-Droubi

1914 – 1991

Hafidh Al-Droubi (1914-1991) foi um dos mais influentes artistas modernos do Iraque. Expôs pela primeira vez o seu trabalho em 1936, em Bagdade, e obteve uma bolsa para ingressar na Academia di Belle Arti de Roma, onde estudou entre 1937 e 1939 sob a orientação do pintor Carlo Siviero (1882-1953). Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, Droubi regressou a Bagdade e trabalhou para o Departamento de Antiguidades, pintando cenas históricas destinadas a museus arqueológicos recém-estabelecidos.

Na década de 1940 fundou em Bagdade o primeiro estúdio gratuito para artistas, e continuaria a ser, até ao final da sua carreira, um dedicado pedagogo na área das artes, tornando-se professor do Instituto de Belas-Artes e reitor da Academia de Belas-Artes de Bagdade na década de 1970. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, ingressou na Goldsmiths, em Londres, onde estudou entre 1946 e 1950. No entanto, os seus estudos em Roma continuariam a ser mais importantes para o seu desenvolvimento artístico. Manteve um contacto próximo com o seu mestre, Siviero, e, ao longo de toda a vida, regressou com frequência a Itália. Em 1953 fundou em Bagdade o Grupo Impressionista, o qual, não obstante o nome, integrava artistas de estilos muito diversos. Droubi foi um dos membros fundadores da Sociedade dos Artistas Iraquianos, assumindo a direção da mesma na segunda metade da década de 1960. Na sua qualidade de diretor, colaborou com a Fundação Calouste Gulbenkian na construção de um centro para a Sociedade, que viria a ser inaugurado em 1966. Droubi desempenhou também um papel importante na organização de exposições de arte moderna iraquiana, tanto em Bagdade como no estrangeiro. Foi presidente do Comité para as Exposições na primeira Bienal Árabe, celebrada em Bagdade em 1974, e expôs os seus trabalhos em mostras itinerantes que passaram por Beirute, Londres, Paris, Berlim e Viena, entre muitas outras cidades de todo o mundo. Como ilustram as suas duas pinturas conservadas no Museu Calouste Gulbenkian, Droubi cultivou diversos estilos, desde o Abstracionismo ao Realismo Académico e a uma versão pessoal de Cubismo. Realizou também vários murais de grande escala em diferentes cidades do Iraque, incluindo Assyrian Civilisation (1975), que ainda hoje pode ser apreciado no Aeroporto Internacional de Bagdade, e Hatra(1956), que foi roubado do Museu de Mossul em 2017. Mais do que um qualquer estilo particular, é a diversidade, que manteve ao longo de todo o seu percurso, que define a obra de Droubi. O artista faleceu em Bagdade em 1991, durante a Primeira Guerra do Golfo.

Sarah Johnson

Atualização em 26 setembro 2018

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