Bridget Riley

Londres, Inglaterra, 1931

Nasceu em Londres. Estudou no Goldsmiths College (1949-1952), e mais tarde no Royal College of Art (1952-1955), com Peter Blake e Frank Auerbach. Trabalhou como ilustradora de uma empresa de publicidade, ao mesmo tempo que ensinava na Loughborough School of Art (1959), na Hornsey School of Art (1962) e na Croydon School of Art (1962-1964). Além da mostra de Expressionistas Abstractos americanos na Tate (1956), que marcou a sua geração, Riley foi profundamente influenciada pela exposição “The Developing Process” (1958), com base nas ideias de Harry Thubron, mostrando o atraso da arte britânica face à Europa e aos E.U.A., ao nível das investigações espaciais, das progressões de cor e da forma orgânica (e frequenta a summer school desse artista em Norfolk). Abandona então a pintura figurativa, semi-impressionista, e desenvolve o seu estilo autoral de Op Art no início dos anos 60, explorando os potenciais dinâmicos dos fenómenos ópticos, através de telas a preto e branco com padrões geométricos muito simples – quadrados, linhas e ovais.

Estas pesquisas pictóricas têm as suas principais referências no estudo de Seurat, e nas obras de Vasarely, embora Riley insista no aspecto instintivo, não intelectual, das suas criações. Ascendeu rapidamente ao estrelato, sobretudo após figurar na célebre exposição The Responsive Eye no MoMA (1965). Começou a utilizar cores no fim dos anos 60, primeiro com gradações de cinzentos, e após uma viagem ao Egipto (1967), fascinada com a decoração hieroglífica, trabalha com toda a gama cromática nas suas obras até aos dias de hoje.

Viveu com o artista óptico Peter Sedgley, com quem criou a organização SPACE, destinada a encontrar estúdios amplos para artistas. Representou o Reino Unido na Bienal de Veneza de 1968, e foi a primeira mulher britânica a receber o International Prize de pintura (1969). Recebeu doutoramentos honoris causa de várias universidades – Manchester (1976), Ulster (1986), Oxford (1994), Cambridge (1995) Montfort (1996) e Exeter (1997). Detentora do CBE (1974) e do Companion of Honour (1999). Foi nomeada Administradora da National Gallery (1981-1988). Vive e trabalha em Londres, na Cornualha e em França.

 

Afonso Ramos

Atualização em 16 abril 2023

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