Alberto Giacometti
Mère de l’Artiste à la Fenêtre
Stampa, Suíça, 1901 – Chur, Suíça, 1966
Em 1922, Giacometti parte para Paris com o intuito de continuar a sua formação, ingressando então na Académie de la Grande Chaumière, onde frequenta as aulas do escultor Antoine Bourdelle. Durante esse período, pratica desenho de modelo e interessa-se por composições vanguardistas, em especial as pós-cubistas. Em 1929, inicia uma série de esculturas de mulheres «planas», cuja novidade lhe granjeia a atenção do meio artístico surrealista. Em 1931, Giacometti adere ao movimento surrealista de André Breton e os temas surrealistas ganham importância na sua obra: amor e morte, visões oníricas, objetos com funções simbólicas. Simultaneamente, cria numerosos objetos utilitários para o decorador vanguardista Jean-Michel Frank: candeeiros, vasos, apliques. A partir de 1935, distancia-se do grupo surrealista e dedica-se intensamente à questão da cabeça humana, que se transforma num tema central de investigação para o resto da sua vida. Depois dos anos da guerra, passados na Suíça, regressa a Paris e retoma as suas pesquisas sobre a figura humana. Os seus modelos favoritos são as pessoas que lhe são próximas: Annette, sua esposa desde 1949, e Diego, seu irmão e assistente. Trabalhando sempre a partir de modelos vivos, tem como objetivo reproduzir o modelo tal como o vê, na sua permanente mutabilidade. Outras vezes, as suas figuras tornam-se anónimas, colocadas sobre pedestais que as isolam do chão ou em «gaiolas» que traçam um espaço virtual. Em 1958, é convidado a apresentar um projeto para a praça defronte do Chase Manhattan Bank, em Nova Iorque, escolhendo reproduzir em grandes dimensões os três motivos que assombram a sua obra a partir de 1948: uma figura feminina de pé, um homem em marcha e uma cabeça monumental. O monumento acaba por não ser instalado em Nova Iorque, mas Giacometti apresenta uma primeira versão do conjunto em bronze na Bienal de Veneza de 1962, onde é galardoado com o Grande Prémio de Escultura. Depois do grande sucesso das suas retrospetivas em Zurique, Basileia, Londres e Nova Iorque, Alberto Giacometti vê-se muito debilitado por um cancro, vindo a falecer em janeiro de 1966 no hospital de Chur, na Suíça.