Conversa de artistas com Julian Ross
Filmes de Chikako Yamashiro e Yu Araki & Daniel Jacoby
Slider de Eventos
Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Estúdio Centro de Arte Moderna GulbenkianConversa em inglês, com tradução simultânea para português.
Preço
- 5,00 € – 20,00 €
10% – Cartão Gulbenkian
Uma conversa moderada pelo curador Julian Ross com dois dos artistas mais dinâmicos da arte contemporânea japonesa, Yu Araki, de Quioto, e Chikako Yamashiro, de Okinawa, em torno do modo como os temas do internacionalismo e da pertença se cruzam no seu trabalho.
Moderada por Julian Ross, o curador do programa deste ciclo de filmes, a conversa será precedida da apresentação de uma seleção de obras destes autores e abordará as alegrias e os desafios de fazer cinema e vídeo no Japão.
Oferecendo um breve olhar do estimulante mundo das imagens em movimento dos artistas japoneses, Filmes Engawa procura estabelecer um lugar para a sua existência na arte e no cinema contemporâneos japoneses.
«Chinbin Western, Representation of the Family» (Western Chinbin, Representação da Família), de Chikako Yamashiro
Japão, 2019, 32’
Filme em japonês com legendas em português
A história deste filme gira em torno de duas famílias de Henoko, na cidade de Nago, em Okinawa, Japão, onde se planeia a construção de uma nova base militar dos EUA, ainda numa fase muito preliminar e instável. Retratam-se os sentimentos complicados de duas famílias da zona.
«Border» (Fronteira), de Chikako Yamashiro
Japão, 2002, 8’30’’
Filme sem diálogos
Céu e mar de um azul profundo: uma paisagem típica de Okinawa. Uma mulher vestida de negro (Yamashiro) dança, com enorme determinação, diante de uma sepultura. Os seus movimentos conduzem-na, eventualmente, para longe da sepultura e ao longo da vedação da base militar norte-americana que atravessa a ilha. Depois de ter tomado conhecimento dos traumas não resolvidos que afligem a sua ilha natal e as pessoas que lá vivem, as paisagens do quotidiano adquiriram um significado diferente. Para lá da vedação, que ela segue como se estivesse a percorrer uma cicatriz com o dedo, encontra-se uma vasta extensão de mar, selvagem e cintilante... Num vídeo filmado quase intuitivamente, Yamashiro tenta identificar a verdadeira natureza da dúvida e da doença que nela se abriga no dia-a-dia. BORDER termina na praia de Henoko, em Nago, um lugar abalado pela controvérsia da construção de uma nova base militar norte-americana.
Ficha técnica
Realização e Elenco
Chikako Yamashiro
Fotografia
Atsushi Hoshino
Montagem
Chikako Yamashiro
Atsushi Hoshino
«Mountain Plain Mountain» (Montanha Planície Montanha), de Daniel Jacoby & Yu Araki
Espanha, Japão e Países Baixos, 2018, 21’
Documentário
Em japonês, com legendas em português
Mountain Plain Mountain foi filmado em Obihiro, no Japão, no último local onde se realizam corridas de cavalos Ban'ei, na qual os animais arrastam pesadas cargas. Justapondo planos parados e contemplativos com montagens ritmadas e histriónicas, a lentidão destas corridas bizarras é virada do avesso. A cronologia geral do filme é informada pela topografia da pista onde os cavalos são obrigados a competir, poeticamente descrita por um treinador veterano como «uma montanha pequena, uma planície e uma grande montanha».
Ficha técnica
Realização
Daniel Jacoby
Yu Araki
Com
Yoshiyuki Hattori
Kurando Funayama
Tetsuya Sato
Música
Liisa Hirsch
Voz
Matsuritaro
Correção de cor
Ludovic Roussaux no Okay Studio
Mixagem de som
Takashi Kataoka
Câmara, som e montagem
Yu Araki
Daniel Jacoby
Encomendado por
Fundació Joan Miró
Apoio
Arts Council Tokyo
Mondriaan Fund
Apoio adicional
Jan van Eyck Academie
Engawa – Temporada de arte contemporânea japonesa
Engawa é uma programação que traz a Lisboa um conjunto de criadores do Japão e da diáspora japonesa, muitos dos quais pela primeira vez em Portugal. Saber mais
/
Biografias
-
Chikako Yamashiro
Chikako Yamashiro (Okinawa, 1976) trabalha com fotografia, vídeo e performance para criar investigações visuais sobre a história, a política e a cultura da sua terra natal. Em particular, a artista explora temas relacionados com as terríveis baixas civis sofridas em Okinawa durante a Segunda Guerra Mundial e com os problemas que continuam a existir relacionados com a presença militar dos EUA no local. O seu trabalho foi apresentado no National Museum of Modern Art (Tokyo), no Mori Art Museum (Tóquio), no Jeju Museum of Art (Coreia do Sul) e no Contemporary Jewish Museum (São Francisco), entre outros. Participou em festivais de cinema como o Festival Film Dokumenter, em Yogyakarta (2017) e o Festival Internacional de Curtas-Metragens de Oberhausen (2018), onde recebeu o Prémio ZONTA.
-
Daniel Jacoby
Daniel Jacoby (Lima, 1985) é artista visual e cineasta. O seu interesse pela condição humana levou-o a conhecer lugares, histórias e personagens excêntricos, os quais procura abordar a partir de pontos de vista imaginativamente tangenciais. Utilizando recorrentemente a abstração, o resultado do seu trabalho tende a ser uma exploração pessoal e subjetiva de temas como a exterioridade, a pertença, a solidão, a amizade, o desejo e a espiritualidade. Os seus filmes ganharam prémios no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, Videoex, Filmadrid, Curtocircuito e Lima Independiente, e foram exibidos no MoMA Doc Fortnight, Sheffield Doc/Fest and Kurzfilmtage Oberhausen. A sua obra foi também apresentada em exposições no EYE Filmmuseum (Amesterdão), Fundació Joan Miró (Barcelona) e Palais de Tokyo (Paris).
-
Julian Ross
Julian Ross é anglo-japonês e trabalha como investigador, curador e escritor. É coprogramador do Doc Fortnight no Museum of Modern Art (MoMA), da 69.ª edição do Flaherty Seminar, e consultor de programação no Instituto IDFA. O seu trabalho curatorial já foi apresentado na Tate Modern, no Eye Filmmuseum, no Harvard Film Archive e no British Film Institute. É Professor Assistente no Centre for the Arts in Society da Universidade de Leiden, e membro do conselho editorial da organização sem fins lucrativos Collaborative Cataloging Japan dedicada à conservação do legado experimental de imagens em movimento japonês.
-
Yu Araki
Yu Araki (Yamagata, 1985) licenciou-se em Escultura pela Sam Fox School of Design & Visual Arts da Washington University em St. Louis, EUA, em 2007, e concluiu o Mestrado em Estudos de Cinema e New Media na Tokyo University of the Arts em 2010. Em 2013, foi selecionado para participar no Tacita Dean Workshop organizado pela Fundación Botín em Santander, Espanha. Em 2017-8, foi artista residente convidado no Asia Culture Center em Gwangju, na Coreia do Sul, e na Rijksakademie van Beeldende Kunsten em Amesterdão, nos Países Baixos. Em 2023, o projeto que realizou por encomenda recebeu o Prémio Especial do Festival Internacional de Arte e Visões Alternativas 2023 em Tóquio, Japão.
Ficha técnica
Imagem principal
Yu Araki & Daniel Jacoby, Mountain Plain Mountain, 2018. Cortesia dos artistas e da MUJIN-TO Production, Tokyo; Maisterravalbuena, Madrid; Ciaccia Levi, Paris; Crisis, Lima.
Curadoria
Julian Ross
Parceria
Colaboração
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.
Relacionados
Não foram encontrados resultados.