OCCAM OCEAN, de Éliane Radigue
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Data
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Local
Nave Centro de Arte Moderna Gulbenkian«OCCAM XIX» para contrabaixo de 5 cordas (2014)
«OCCAM XXVII» para gaita de foles (2019)
Éliane Radigue, conhecida pela sua música eletrónica abstrata e intemporal, continua a inspirar novas gerações de artistas.
As peças que apresentamos neste programa foram selecionadas de OCCAM OCEAN, o seu vasto ciclo de mais de 90 obras, sendo cada uma delas baseada numa imagem de água, gerando vibrações hipnotizantes.
A ideia para esta série surgiu da memória da compositora de um mural no qual se encontrava representado o amplo espetro de ondas eletromagnéticas mensuráveis, das mais ínfimas às de maior amplitude. A comparação com o movimento da água, das correntes oceânicas mais profundas às mais pequenas e cintilantes ondulações, foi, gradualmente, conduzindo Radigue das formas de ondas fluidas para as formas das vibrações sónicas.
Os concertos no CAM contarão com a participação de artistas de renome que colaboraram originalmente com a compositora, apresentado instrumentos familiares e também outros mais invulgares. Esta sessão inclui peças para contrabaixo de cinco cordas e para gaita de foles.
Éliane Radigue (Paris, 1932) é conhecida pela sua música eletrónica. As suas composições são definidas por micro-eventos causados por mudanças subtis nos harmónicos que dançam sobre um tom aparentemente estático. Em 2005, Radigue começou a compor para instrumentos acústicos. Primeiro veio Naldjorlak, o seu grande trio para duas trompas de basset e violoncelo, e depois a série OCCAM OCEAN, em constante expansão. Estas novas obras foram apresentadas em museus, salas de concerto e festivais, incluindo o Festival d'Automne (Paris), CTM.12 Spectral (Berlim), Sound and Music (Londres), Serralves (Porto), Louvre e Centre Pompidou (Paris). Recebeu recentemente o Grande Prémio da SACEM para a sua obra, o Prémio Giga-Hertz da ZKM na Alemanha e o prémio de composição Open Oor na Holanda. As suas obras eletrónicas completas foram lançadas numa caixa pelo GRM.
Carol Robinson é uma compositora e clarinetista franco-americana. Tocando repertório ou material experimental, apresenta-se em grandes salas e festivais em todo o mundo. Começou a compor escrevendo peças de teatro musical, recebendo posteriormente encomendas para música de concerto, instalações, rádio, dança e produções cinematográficas. Estreias recentes incluem música instrumental e obras para conjuntos vocais ou orquestra, com encomendas da Radio France, Brucknerhaus Linz, Ministério da Cultura francês e Donaueschinger Musiktage. A sua música foi gravada pela Hessischer Rundfunk, Saarlandischer Rundfunk, Sudwest Rundfunk e Radio France, e lançada em PLUSH, AYLER, SHIIIN, MODE e Expérience de vol.
Erwan Keravec toca gaita-de-foles escocesa, é compositor e improvisador. Ao explorar os sons mais invulgares e formas de tocar e ouvir o seu instrumento, afastando-o da sua cultura original, explora a música improvisada, o jazz livre e noise. Tem vindo a estabelecer um repertório de música contemporânea para tubos solo, trio com voz solo e com coro. Interessado no movimento e em contextos associados à reinvenção, também escreve, toca e improvisa para dança.
Louis-Michel Marion toca contrabaixo de 5 cordas e viola da gamba de 7 cordas. Aborda estes conjuntos de madeira, cordas e crina de cavalo como terras virgens de onde extrai material sonoro a modelar, material que partilha em projetos de música improvisada ou contemporânea, sozinho ou na companhia de outras pessoas das áreas da música, dança, artes visuais, vídeo e poesia. Fascinado pela música de Éliane Radigue, conheceu-a em 2014 e criou várias peças a partir do seu ciclo monumental “OCCAM OCEAN”. Dirige o ensemble l'Archipel Nocturne, no qual tem estado envolvido na criação de peças de Carol Robinson e Hervé Birolini.
Ficha técnica
Imagem principal
© Carol Robinson
Curadoria
Carol Robinson
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