O Japão na criação artística de Fernando Lemos

Caligrafia, fotografia, gravura e gesto desenhado

Slider de Eventos

No contexto da exposição «O Calígrafo Ocidental», que o CAM dedica à relação do trabalho do artista Fernando Lemos com o Japão, Rosely Nakagawa, Alexandra Curvelo e Ryuta Imafuku encontram-se para uma conversa com moderação da curadora do CAM, Leonor Nazaré.

A caligrafia, um impulso primordial da humanidade para «escrever» e «desenhar» (Imafuku),  levou Fernando Lemos ao Japão em 1963, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.

Nesta conversa será abordada a influência da pintura japonesa no desenho, na caligrafia e no trabalho de Fernando Lemos a partir deste princípio, alargando o pensamento sobre a confluência das culturas ocidentais e orientais a outras facetas da imagem e da produção criativa.

Engawa – Temporada de arte contemporânea japonesa

Engawa é uma programação que traz a Lisboa um conjunto de criadores do Japão e da diáspora japonesa, muitos dos quais pela primeira vez em Portugal. Saber mais


Biografias


Programa

15:00 / Apresentação

15:10 / A imagem e o gesto em preto e branco

O caminho de Fernando Lemos é feito de gestos em preto e branco e traçado em diversas formas de expressão. Refletimos sobre a relação dos seus trabalhos em desenho, gravura e fotografia com a sua escrita. O poder do gesto pode ser visto como parte da construção do imaginário estético, literário e plástico concretizado nas suas obras e como a «sobra» do ato criativo ou como prova de seu trabalho.
Rosely Nakagawa – Curadora

15:30 / Arquipélago da imaginação caligráfica

A caligrafia é uma forma universal de imaginação criativa da humanidade. De uma perspetiva histórica da arte, pensa-se que esta forma estética teve a sua origem na Ásia Oriental. Indo além desse pensamento genealógico, podemos olhar para a caligrafia como uma «constelação» ou «arquipélago» global criado pela interação dinâmica de culturas, e colocar Fernando Lemos dentro dessa constelação.
Ryuta Imafuku – Antropólogo e crítico cultural

15:50 / Aprender a ver. O Japão em Fernando Lemos

Numa entrevista dada em 2009, Fernando Lemos afirmou que foi no Japão que percebeu a importância do registo fotográfico no processo de aprender a escrever (a caligrafar) e a desenhar: «No Japão, percebi que as crianças aprendem primeiro a fotografar e só depois a escrever e a desenhar. Elas registam imagens e só depois aprendem a escrita e o desenho. (...) Não é para ser artista, é para aprender a ver a coisas.»
Tomando como ponto de partida este excerto, proponho analisar a obra de Fernando Lemos que mais estreitamente se associa ao Japão, nomeadamente as séries de fotografias que realizou nos anos de 1960 e os trabalhos a nanquim e aguarela sobre papel japonês, sublinhando alguns dos princípios estéticos japoneses que lhe estão subjacentes e as suas relações com o tempo e o espaço.
Alexandra Curvelo – Professora Catedrática e investigadora

16:10 / Conversa

Alexandra Curvelo – Professora Catedrática e investigadora Ryuta Imafuku – Antropólogo e crítico culturalRosely Nakagawa – Curadora
Moderação:
Leonor Nazaré – Curadora

16:30 / Perguntas e respostas

16:45 / Encerramento

Apoio

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

Relacionados

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.