sempre viva cobra d’água, de Jota Mombaça
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Data
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Local
Jardim GulbenkianDe caráter interdisciplinar, esta obra move-se pelos domínios da escultura, da arte pública e da performance duracional.
Na continuidade do trabalho que tem vindo a desenvolver em torno das questões relativas à água e à performance radical dos «afundamentos», Jota Mombaça apresenta um projeto que incorpora um processo-ritual envolvendo voz, som e performance física. Este é um momento de conexão entre a vida material, perecível ou mutável, e as forças que a regem e transformam.
Com início no Átrio do CAM, o público será convidado a acompanhar o percurso feito por Jota Mombaça e pelo performer Luan Okum, que transportam uma peça de cerâmica horizontal de sete metros até ao início do ribeiro do Jardim, uma correnteza de água a caminho do lago que serpenteia por entre a vegetação, onde a peça será afundada. Esta caminhada será pontuada murmúrios entoados pela artista e pelo performer, que ecoa pelo jardim, criando um momento simultaneamente despojado e cerimonial.
Em diálogo com a exposição de Leonor Antunes, a peça cerâmica, formada por pequenos blocos cilíndricos e discos unidos por uma corda de sisal, permanecerá afundada durante o seu período de duração. A obra é então transformada pelo tempo e pelas forças da natureza.
Biografias
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Jota Mombaça
Jota Mombaça (Brasil, 1991) é uma artista e escritora indisciplinar que vive e trabalha entre Lisboa e Amesterdão. O seu trabalho deriva de poesia, teoria crítica e performance e a sua prática está relacionada com a crítica anticolonial e a desobediência de gênero. Já apresentou trabalhos em diversos contextos institucionais, como as 32ª e 34ª Bienal de São Paulo, 10ª Bienal de Berlim, 22ª Bienal de Sydney e 46ª Salão Nacional de Artistas da Colômbia. É autora do livro «NÃO VÃO NOS MATAR AGORA», publicado em Portugal em 2019 pela EGEAC e no Brasil em 2021 pela Editora Cobogó.
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Luan Okun
Luan Okun (Ituiutaba, Brasil, 1995) é um artista dissidente migrante radicado em Lisboa desde 2018. Em 2014, integrou o curso de teatro na Universidade Federal de Uberlândia. Produziu e ministrou oficinas no Movimento Cultural O Olho da Rua em 2018. No seu percurso, tem colaborado com artistas como Puta da Silva, Jota Mombaça e Tita Maravilha. Criou a performance «O Jeito que o Corpo Dá», exibida em festivais como Ano Zero e na Galeria Nacional do Porto. Atuou em «Cosmos» das Auroras Negras e «As Três Irmãs» de Tita Maravilha, e apresentou «Corpo Lento» no Teatro São Luís e no festival ASPHALT na Suécia. A sua prática explora as subjetividades do corpo racializado e as complexidades da identidade dissidente.
Ficha técnica
Imagem principal
sinking could be, 2022. Afundamento das esculturas no canal de Singelgracht, Amsterdam. Foto: Pedro Yared Lima.
Composição e paisagem sonora
Jota Mombaça
Co-performer
Luan Okun
Produção Executiva
Pedro Yared Lima
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