Se observarmos as diferentes temporalidades e interdependências das matérias da natureza, podemos estabelecer paralelos com a multiplicidade de ritmos e capacidades das instituições artísticas.

Nas práticas da Jan Van Eyck Academie, com um Departamento dedicado à Investigação da Natureza, os ritmos da natureza estão ligados às diferentes necessidades e capacidades inerentes à própria academia e aos seus participantes. Nesta conversa, discutem-se processos de transformação nas culturas epistémicas e sistémicas das instituições artísticas a partir destas diferentes temporalidades e capacidades.

Que conhecimento se produz a partir de uma exposição? Pode o curador subverter posições hegemónicas e discursos eurocêntricos? Como desenvolver projetos para públicos alargados? Esta conversa acontece em torno das transições mais e menos visíveis em instituições artísticas de diferentes escalas e contextos – do MAC de Niterói, Brasil, ao Denver Art Museum, EUA, à Bienal do Mercosul 2024. Este será o ponto de partida para discutir conceitos de decolonialidade e representação, aliados a práticas curatoriais e de mediação enquanto metodologias para pensar e fazer em conjunto.