Luís Maria Nolasco Guimarães Lobato
Engenheiro civil (Instituto Superior Técnico de Lisboa, 1938) e professor catedrático (IST, 1963), ingressou em 1938 no quadro técnico da Câmara Municipal de Lisboa, a convite do engenheiro Duarte Pacheco. No exercício destas funções, projectou e dirigiu a construção de importantes obras de urbanização (canalização da ribeira de Alcântara, construção do Bairro de Alvalade, aeroporto da Portela, escolas, mercados, acessos a Lisboa, etc.).
Trabalhou e dirigiu diversos estudos, nomeadamente o da reorganização do sistema de transportes urbanos de Lisboa (1942-1946), da Hidroeléctica do Zêzere, com a construção da Barragem do Castelo de Bode (1946 a 1948), Metropolitano de Lisboa e Gabinete de Estudos e Planeamento de Transportes do Ministério das Comunicações (1961-1971). Foi vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1958 a 1959).
Chamado pelo Dr. José Azeredo Perdigão para o cargo de consultor técnico e, depois, director do Serviço de Projectos e Obras da Fundação Calouste Gulbenkian (1956-1969), dirigiu o estudo, programação e construção das Instalações da Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, bem como do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (1983). Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian (1969-1998), teve a seu cargo os pelouros dos Serviços Centrais, Museu e Recursos Humanos.
É membro honorário do Royal Institute of British Architects e Doutor Honoris Causa pela Universidade Católica Portuguesa.
Ana TOSTÕES, Fundação Calouste Gulbenkian – Os Edifícios, F.C.G, Lisboa, 2006, p.273