West Side Story

Concertos de Domingo

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Orquestra Gulbenkian
Lorenzo Viotti Maestro
Telmo Costa* Clarinete
Maja Plüddemann Comentadora

Leonard Bernstein
Symphonic Dances from West Side Story (arr. Eric Crees)
Prologue –
Somewhere –
Scherzo –
Mambo –
Cha-Cha –
Meeting Scene –
“Cool” Fugue –
Rumble –
Finale

Leonard Bernstein
Prelude, Fugue and Riffs
para clarinete e ensemble de jazz
Prelude – Fugue – Riffs

Symphonic Dances from West Side Story
Composição: 1961
Duração: c. 22 min.

Prelude, Fugue and Riffs
Composição: 1949
Duração: c. 8 min.

Embora a ideia tenha demorado alguns anos a concretizar, foi em meados da década de 1940 que o encenador e coreógrafo Jerome Robbins pensou em transpor o enredo de Romeu e Julieta para a realidade de Nova Iorque. Se Shakespeare tinha escrito a história de desavença entre Montéquios e Capuletos, duas famílias nobres de Verona, no meio da qual germinava, inesperadamente, o amor proibido entre dois adolescentes educados para se odiarem por obrigação familiar, Robbins queria reproduzir essa rivalidade nas ruas da cidade norte-americana.

O projeto começou a tomar forma quando Jerome Robbins decidiu formar equipa com o argumentista Arthur Laurents e o compositor Leonard Bernstein. Foi esse trio que imaginou que a ação poderia ter lugar na zona Este de Manhattan e narrar o conflito entre grupos rivais de católicos e judeus. Enquanto trabalhavam nessa ideia, em 1949, batizaram provisoriamente o musical como East Side Story. Mas a peça só ganhou vida quando, em 1955, os jornais noticiaram confrontos entre gangues em Los Angeles que envolviam jovens de origem latina. Foi então repensada para a zona Oeste de Manhattan, de maneira a retratar a animosidade entre grupos de miúdos italianos e porto-riquenhos. East Side Story passou então a chamar-se West Side Story.

Estas coordenadas em relação às origens culturais dos gangues foram quanto bastou a Leonard Bernstein para desenvolver os motivos musicais de West Side Story. A música, naturalmente, era um dos ingredientes fundamentais da história e a versatilidade de Bernstein permitiu-lhe recorrer tanto a técnicas próprias da ópera quanto a elementos estilísticos do jazz e aos idiomas rítmicos latinos. A estreia do musical na Broadway, em 1957, deu início à carreira de um dos mais bem-sucedidos espetáculos dos palcos nova-iorquinos, tendo a sua popularidade disparado ainda mais com a adaptação ao cinema em 1961, a qual esteve na origem das Danças Sinfónicas, sendo a dança um elemento crucial na obra e na transposição para o palco de concerto.

A facilidade com que Bernstein mergulhava nas mais diversas linguagens tem em Prelude, Fugue and Riffs outro notável exemplo. Em resposta a uma encomenda de Woody Herman, o compositor criou, em 1949, um concerto que segue as convenções da música clássica e as aplica a um ensemble de jazz, com destaque para o clarinete solo. Pela mão de Bernstein, somos assim levados para uma viagem em que o amor se sobrepõe ao ódio e em que os estilos e géneros musicais celebram uma fusão feliz.

 

*Por motivos de força maior, Andreas Ottensamer será substituído por Telmo Costa.


A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através de [email protected].

O musical West Side Story estreou-se com grande sucesso na Broadway em 1957. A sua grande popularidade conduziria a uma versão cinematográfica em 1961. Inspirado em Romeu e Julieta de Shakespeare, o enredo enquadra-se no entanto na realidade norte-americana de então. Na estrutura musical, Bernstein introduziu vários números de dança que, para além das convenções da comédia musical, utilizam ricos e diversificados efeitos orquestrais, bem como elementos do jazz e ritmos latinos. Esta fusão entre clássico e jazz é a caraterística principal da obra Prelude, Fugue and Riffs (1949), originalmente composta para banda de jazz com clarinete solo.

 

Música e Sustentabilidade: Hugo de Seabra

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