Frans Widerberg. Pinturas, 1980 – 1990

Exposição itinerante de Frans Widerberg (1934-2017), organizada pelo Ministério dos Negócios Exteriores norueguês e pela Embaixada da Noruega em Portugal. Esta mostra centrou-se nos últimos dez anos de produção pictórica do artista, procurando dar a conhecer o seu universo formal e temático.
Travelling exhibition on Frans Widerberg (1934-2017) organised by the Norwegian Ministry of Foreign Affairs and the Embassy of Norway in Portugal. The show focused on the artist’s last ten years of pictorial production, revealing his formal and thematic universe.

Exposição individual de Frans Widerberg (1934-2017), organizada pelo Ministério dos Negócios Exteriores norueguês e pela Embaixada da Noruega em Portugal. Depois de apresentada na Kunstnernes Hus, esta mostra esteve em itinerância pela Europa. Na sua passagem por Portugal, esteve patente na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 01).

Centrando-se nos últimos dez anos de produção pictórica de Frans Widerberg, cuja extensa obra engloba pintura, aguarela e gravura, os trabalhos selecionados para esta exposição procuraram dar a conhecer o universo formal e temático do artista norueguês.

Widerberg era então visto pela historiografia holandesa como um romântico com ligações à filosofia existencialista e à arte poética moderna. Por ocasião da primeira apresentação pública da sua pintura, no início dos anos 60, esta foi considerada anacrónica, como relembra Åsmund Thorkildsen no seu texto para o catálogo (Frans Widerberg. Pinturas, 1980-1990, 1990, p. 10). A pincelada rápida, as cores vibrantes e o espírito do seu trabalho suscitaram inúmeras comparações com obras de Marc Chagall, Edvard Munch, Jens Ferdinand Willumsen, entre outros. Uma década depois, Widerberg seria apontado como um dos mais importantes artistas contemporâneos da Noruega, e foi nessa qualidade que viu a sua obra ser eleita pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do seu país para uma itinerância pela Europa.

Os seus temas de eleição, como esta exposição revelava, eram a relação do homem com o seu semelhante, com a natureza e o cosmos. Na sua pintura, os corpos libertam-se do seu peso, são energia em fusão com a natureza e o universo. As obras expostas mostram seres energéticos a movimentar-se por espaços terrenos extremamente luminosos, ou pelo espaço sideral, onde os corpos celestes animam a escuridão.

Em Portugal, a opinião da crítica não foi consensual. Enquanto João Miguel Fernandes Jorge considera Widerberg o «maior pintor norueguês actual (se não o maior depois de Munch)» (Jorge, O Independente, 3 mai. 1991, p. 46) e José Luís Porfírio defende que a sua obra «contém […] uma veemência própria, que se apresenta, independentemente das marcas do seu e de outros tempos, de estilos e artistas, com uma poética individualizada» (Porfírio, Expresso, 27 abr. 1991), João Pinharanda dedica-lhe uma curta mas demolidora crítica: «O êxito popular destas grandes, coloridas, agitadas e habitadas telas deriva mais da circulação mass mediática de um imaginário medíocre ou adolescente do que [de] qualquer valia especial pictoral ou cultural.» (Pinharanda, O Público, 3 mai. 1991)

Esta exposição foi acompanhada por um catálogo bilingue (castelhano/francês), com um texto de Åsmund Thorkildsen que analisa todo o percurso do artista.

Mariana Roquette Teixeira, 2018


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias


Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00481

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência, convite, recortes de imprensa. 1990 – 1991


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