Exposição individual do artista belga Roger Raveel (1921-2013), proposta pela Embaixada da Bélgica em Portugal. Com curadoria de Rudi Fuchs, esta mostra, que contou com uma seleção de 35 trabalhos, propunha uma perspetiva renovada da sua obra, através da apresentação da sua produção gráfica e pictórica sobre papel, de natureza experimental.
Individual exhibition on Belgian artist Roger Raveel (1921-2013) proposed by the Embassy of Belgium in Portugal. Curated by Rudi Fuchs, the show featured 35 works, presenting experimental graphic and pictorial works on paper in a display offering a fresh perspective on the artist's oeuvre.
Exposição individual do artista belga Roger Raveel (1921-2013) onde se reuniu uma seleção de trabalhos sobre papel que abrangiam cerca de trinta e cinco anos de atividade (desde 1952 a 1987).
Partindo da iniciativa da Embaixada da Bélgica em Portugal, a mostra propunha um outro olhar sobre a obra de Raveel, dando a ver a sua produção gráfica e pictórica, de natureza experimental. Tratava-se de desenhos, guaches, colagens, experiências com diferentes tipos de tinta, em pequeno e médio formato, que parecem ter sido agrupados segundo a predominância de elementos figurativos ou a tendência para a geometrização e abstração.
No texto para o catálogo, o curador, Rudi Fuchs, relembra o momento em que se apercebeu da relevância destes trabalhos para o entendimento da obra de Raveel: «Quando visitámos o seu atelier há nove meses (para falarmos sobre uma exposição), os desenhos – com os quais eu estava menos familiarizado – foram uma grande surpresa. Revelavam um Raveel mais nervoso do que […] as pinturas (na sua tranquilidade, na sua perfeição) poderiam levar-nos a pensar. Observando as centenas de folhas, tornou-se evidente como, nos desenhos, descobriu e explorou os motivos. E também como nos desenhos Raveel investiga o posicionamento da forma da tela branca – na prática, a única maneira que tem um artista de criar. Desenhar é uma forma prática de pensar.» (Roger Raveel, 1989)
Apesar de estes trabalhos fazerem parte do processo pictórico de Raveel, nesta mostra é-lhes conferido um outro estatuto ao serem expostos individualmente, sem partilharem o espaço com as pinturas, segundo Fuchs mais «controladas e intencionais» (Ibid.). Aos olhos do curador, estes trabalhos, pela sua singularidade, «deixaram entrar uma luz nova, uma lufada de ar e provocaram uma agitação» (Ibid.), e esta pequena exposição, ao resgatar do ateliê este material, até então considerado preparatório, de apoio ou secundário, procurava precisamente desconstruir qualquer ideia fixa sobre a obra do artista.
Biblioteca de Arte Gulbenkian, Lisboa / Dossiê BA/FCG
Coleção de dossiês com recortes de imprensa de eventos realizados nas décadas de 80 e 90 do século XX, organizados de forma temática e cronológica.1984 1997
Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00421
Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência, orçamentos para o catálogo e convites, material para o catálogo, lista de obras, convite, recortes de imprensa.1989 1989
Arquivos Gulbenkian (Serviço de Comunicação), Lisboa / COM-S001/019-D02248