Anos 40 a 60 na Pintura Portuguesa

Ciclo «150 Anos Arte Portuguesa»

Exposição realizada por iniciativa do Leal Senado de Macau, com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian, integrada no ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa», do qual também fizeram parte cinco outras exposições. Após o seu termo, foi organizada uma exposição-síntese, denominada «100 Anos de Arte Portuguesa», para a qual foi selecionado um conjunto de 85 obras, apresentadas nas primeiras exposições.
Exhibition arranged by the Municipal Council of Macau, in collaboration with the Calouste Gulbenkian Foundation, forming part of the 150 Years of Portuguese Art series, which included five other exhibitions. Following this exhibition, an abridged show was held, featuring a selection of 85 works from the previously staged displays, with the name 100 Years of Portuguese Art.

A exposição «Os Anos 40 a 60 na Pintura Portuguesa» teve lugar no Museu Luís de Camões, em Macau, entre 22 de fevereiro e 4 de março de 1987. Fez parte do ciclo de exposições «150 Anos de Arte Portuguesa», integrando uma programação cultural da iniciativa do Leal Senado de Macau, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian. Coube à Fundação, por intermédio do Centro de Arte Moderna, a recolha, embalagem, seguro e embarque das obras para Macau.

A exposição foi comissariada pelo pintor Fernando de Azevedo, autor do texto do catálogo, e mostrou trabalhos dos movimentos artísticos vigentes em Portugal durante as décadas de 40 e 50 do século XX: neorrealismo, surrealismo, abstração geométrica e abstração lírica. Segundo números divulgados pelo Museu Luís de Camões, as exposições contaram com uma média de 18 mil visitantes cada, tendo o público macaense preferido as exposições que se dedicaram à mostra dos trabalhos de Columbano Bordalo Pinheiro e dos Naturalistas, pela maior aproximação entre os temas tratados nestas exposições e os temas abordados pela pintura chinesa: natureza, ambientes, locais e pessoas («Pintura à espera do Centro de Artes Visuais», 1987).

O êxito que o ciclo alcançou levou a que se realizassem negociações para que as exposições se reproduzissem em Portugal; não foi, todavia, possível apurar a concretização desta ideia. Fizeram parte deste ciclo as exposições «Os Naturalistas», «Columbano Bordalo Pinheiro», «Os Pioneiros do Modernismo», «Almada Negreiros» e «As Últimas Décadas». Com o termo destas exposições, foi apresentada em Pequim uma exposição-síntese, intitulada «100 Anos de Arte Portuguesa», que integrou 85 trabalhos selecionados pelos comissários responsáveis pelas diversas mostras do ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa». Esta exposição-síntese foi apresentada em Pequim durante o mês de abril de 1987 e revestiu-se de um «significado histórico fundamental nas relações dos dois países» (Carta de António Conceição Jr. para José Sommer Ribeiro, 27 mar. 1987, Arquivos Gulbenkian, CAM 00111).

O ciclo «150 Anos de Arte Portuguesa» e os catálogos publicados no âmbito das exposições foram contemplados com os prémios de «Melhor Exposição Temporária» e «Melhor Conjunto de Publicações», atribuídos pela I Trienal de Museus «Mouseion», realizada em maio de 1987 no Rio de Janeiro, Brasil.

O ciclo foi muito bem recebido pela imprensa macaense e registou um grande número de visitantes («Pintura à espera do Centro de Artes Visuais», [Tribuna], jan. 1987).

Carolina Gouveia Matias, 2017


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00111

Pasta com documentação referente à colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian, através do CAM, com o Leal Senado de Macau na organização do ciclo de exposições. Contém correspondência interna e externa, orçamentos, plantas das salas do Museu Luís de Camões e documentação sobre o empréstimo das obras de arte do acervo do CAM e de outras entidades. 1985 – 1988

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00112

Pasta com documentação referente à colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian, através do CAM, com o Leal Senado de Macau na organização do ciclo de exposições. Contém correspondência interna e externa, orçamentos, plantas e fotografias das salas do Museu Luís de Camões, documentação sobre o empréstimo das obras de arte do acervo do CAM e de outras entidades e recortes de imprensa. 1985 – 1988

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00113

Pasta com documentação referente à colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian, através do CAM, com o Leal Senado de Macau na organização do ciclo de exposições. Contém correspondência interna e externa, recortes de imprensa, brochura do ciclo e um convite, orçamentos, documentação sobre o empréstimo das obras de arte do acervo do CAM e de outras entidades, recortes de imprensa e material para os diversos catálogos. 1986 – 1990


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