Organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian em colaboração com a Embaixada do Brasil em Lisboa, a exposição de Nazareth Costa (1924), viúva do poeta brasileiro Odylo Costa Filho, deu a ver 28 obras de arte naïf.

A mostra, que reuniu trabalhos de pintura e ilustração, foi inaugurada na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 01) a 10 de setembro de 1985, dando a ver ao público português trabalhos em que são abordados temas «de grande expressão dramático-religiosa, de circo e de natureza infantil» («Em duas exposições a inaugurar esta tarde. Arte moderna brasileira…», Diário Popular, 9 set. 1985).

Foi encontrada uma carta escrita pela artista a agradecer o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e o interesse manifestado pelo seu trabalho, tanto por Azeredo Perdigão como por Madalena Perdigão. Foi aliás este interesse do presidente da FCG pelo trabalho de Nazareth Costa que motivou a realização da exposição (Carta de José de Azeredo Perdigão para Nazareth Costa, 9 out. 1980, Arquivos Gulbenkian, SEM 00319).

Foi ainda analisada uma carta, assinada por Margarida Zobaran, adida cultural da Embaixada do Brasil em Portugal, que contém informações não só sobre a exposição de Nazareth Costa em Paris, na Galerie Debret, durante o mês de dezembro de 1984, mas também sobre a proposta de apresentação da exposição em Lisboa nos meses subsequentes.

O catálogo da exposição, com design de Américo Silva e editado pelo Serviço de Exposições e Museografia, tem o formato de um desdobrável. O único texto que apresenta foi amplamente divulgado na imprensa nacional e traça a biografia de Nazareth Costa.

Carolina Gouveia Matias, 2017