Gravura e Desenho Contemporâneo Jugoslavo

Exposição coletiva e itinerante de desenho e gravura jugoslavos, organizada pela galeria Banjaluka e proposta pela Embaixada da Jugoslávia em Portugal à Fundação Calouste Gulbenkian. A mostra incluiu a apresentação de 115 obras de 59 artistas, traçando um panorama das artes gráficas e do desenho jugoslavo dos últimos seis anos.
Travelling collective exhibition on Yugoslavian drawing and printmaking featuring 115 artworks by 59 artists. Though representative of an array of distinct artistic processes, the artists all aspired to produce work that drew from their respective cultural backgrounds. The show was organised by the Banjaluka gallery and proposed to the Calouste Gulbenkian Foundation by the Embassy of Yugoslavia in Portugal.

Exposição coletiva e itinerante de desenho e gravura jugoslavos, organizada pela galeria Banja Luka e proposta através da Embaixada da Jugoslávia em Portugal à Fundação Calouste Gulbenkian, a fim de que esta colaborasse na produção e montagem da mostra em Lisboa. Depois da apresentação em Lisboa, seguiu-se um périplo por outras cidades do país, nomeadamente Évora, Coimbra, Porto, Ponta Delgada e Funchal.

As várias apresentações da mostra, que decorreram entre maio e agosto de 1982, reuniram um total de 115 obras, realizadas por 59 artistas da antiga Jugoslávia, e permitiram, de acordo com o texto da comissária da exposição, Melha Husedzinovic, traçar um panorama da arte gráfica e do desenho jugoslavo de meados da década de 1970. Pretendia-se, assim, identificar a expressão individual de cada artista, enquadrando-a no seu contexto cultural e nas práticas internacionais.

O catálogo fornece uma contextualização histórica do desenvolvimento das práticas do desenho e da gravura na ex-Jugoslávia, apontando os seus principais momentos e centros dinamizadores (Zagreb, Rijeka, Liubliana, Belgrado).

Como é referido pela comissária, Melha Husedzinovic, a conceção da exposição procurou agrupar artistas através de duas principais tendências artísticas: uma que seria herdeira do abstracionismo (geométrico, lírico), e outra ligada ao figurativismo (com influências no expressionismo, no surrealismo, na arte pop e no hiper-realismo).

Uma vez que até à data não foram localizadas as fontes arquivísticas relativas à produção do evento, e tão-pouco material fotográfico que possa servir de referência, não é possível confirmar se a exposição seguiu a mesma orientação do catálogo relativamente aos critérios adotados na disposição das obras e se, ao invés de as separar por modalidades artísticas, apresentando-as em dois núcleos distintos, as autonomizou dos seus media, procurando um diálogo mais estreito entre conteúdos.

Filipa Coimbra, 2017


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


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