Exposição itinerante de pintura eslovena, organizada pela Embaixada da República Socialista Federativa da Jugoslávia em Portugal, com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), por intermédio do seu Serviço de Exposições e Museografia.

A mostra contou com um total de 83 pinturas de 16 artistas eslovenos, pertencentes à coleção da Narodna Galerija (Galeria Nacional da Eslovénia), de Liubliana. Entre estas figuravam obras de artistas como Matevž Langus (1792-1855), Jožef Tominc (1790-1866), Mihael Stroj (1803-1875) ou Anton Karinger (1829-1870).

A mostra não reuniria o consenso entre a crítica especializada. Na opinião do historiador e crítico de arte José-Augusto França, a «etiqueta impressionismo» era bastante discutível nos originais exibidos, já que «não atingem coerência de linguagem e se limitam a “pochades” de cores agudas sem luz que pictoricamente lhes valha» (França, ColóquioArtes, jun. 1981, p. 62). No entanto, Manuel de Azevedo, no Diário de Notícias, exprimiria uma opinião distinta: «Direi, para começar, e não apenas porque tenho um certo pendor para o impressionismo, que é nesta escola que me parece exprimirem-se mais meritoriamente os pintores eslovenos.» (Azevedo, Diário de Notícias, 2 mai. 1981)

A documentar a exposição, o catálogo contou com um texto da autoria de Emilijan Cevc, que traçava o percurso da pintura eslovena do período em revista, protagonizado pelos seus mais experimentados artistas.

Filipa Coimbra, 2017