O Retrato em França de 1610 a 1789

Programada pela Direção dos Museus de França, a exposição foi inserida numa série de manifestações que pretenderam divulgar algumas das principais obras de arte dos museus não parisienses na Europa. Foram assim apresentadas 53 pinturas pertencentes a diversos museus franceses nas salas de exposições temporárias do Museu Nacional de Arte Antiga.
Exhibit of 53 paintings belonging to several French museums arranged by the French Ministry of Culture's Directorate for Museums to be held in a series of events put on in Europe in an effort to promote the main artworks of French museums located outside Paris. The show was held in Lisbon at the temporary exhibition halls of the Museu Nacional de Arte Antiga.

A exposição «O Retrato em França de 1610 a 1789», composta por 53 pinturas pertencentes a diversos museus franceses, foi programada pela, à data, Direction des Musées de France, com a colaboração da Association Française d’Action Artistique. Esta iniciativa inseriu-se numa série de manifestações que pretenderam dar a conhecer por vários países da Europa algumas das principais obras de arte dos museus fora do centro parisiense.

Os Serviços Culturais da Embaixada de França em Portugal e o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês propuseram à Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) a apresentação da referida exposição itinerante, previamente apresentada na Polónia, na Hungria e na Checoslováquia.

Nas palavras do diretor do Serviço de Exposições e Museografia, José Sommer Ribeiro, a exposição albergaria os «mais belos retratos dos principais museus franceses, inscrevendo-se numa série de exposições destinadas a valorizar as obras desses museus» (Apontamento do Serviço de Exposições e Museografia, fev. 1976, Arquivos Gulbenkian, SEM 00085).

Dominique Ponnau, chefe da Inspection Générale des Musées, explicita no catálogo da exposição o objetivo e propósito dos retratos exibidos: «Se de algum modo se trata de uma festa do conhecimento, trata-se, com certeza, de uma festa da descoberta. […] Tentámos não vos apresentar senão obras-primas. Quisemos que elas viessem todas dos museus não nacionais espalhados pela França. Não, é claro, para ceder ao provincialismo. Mas porque os nossos mil museus não parisienses, que os próprios franceses tantas vezes desconhecem, guardam inúmeros tesouros cuja variada riqueza desperta crescente atenção da Grã-Bretanha, da Bélgica, da Itália, da Alemanha, do Japão, da União Soviética, dos Estados Unidos.» (O Retrato em França de 1610 a 1789, 1976)

Numa crítica de imprensa, dá-se notícia da exposição e do seu propósito de dar a conhecer um conjunto de pintores menos conhecido do público, mas igualmente meritório de atenção: «[Henri Cazals] não pretendeu esmagar-nos com o peso das melhores obras dos melhores retratistas, pois a linha de critério escolhida era a de mostrar uma “família” mais de intimidade e penetração cultural. Não querer que o visitante fosse visitado pelos grandes senhores dos nobres salões: todas as casas possuem salinhas de intimidade, de terna convivência com familiares da província. Daí esta exposição ter o sentido de uma grata visita de uns parentes menos ricos mas nem por isso menos estimáveis. Nesse conceito terá de situar-se e estimar-se a visita desta colecção, onde, aliás, não faltam obras de muito interesse, vindas exclusivamente de museus da província francesa.» (Diário de Notícias, 22 jun. 1976)

Na fase de programação e organização do certame em Lisboa, o Serviço de Exposições e Museografia da FCG considerou não ser possível assegurar a inauguração nos espaços da Fundação, uma vez que, à data a que as instituições francesas pretendiam a realização da mostra, a Galeria de Exposições Temporárias estaria ocupada com os trabalhos preparatórios para a exposição evocativa de Calouste Gulbenkian, que decorreu de julho a dezembro de 1976. Neste sentido, foi acordada uma parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), que disponibilizou para o efeito as salas destinadas a exposições temporárias.

Joana Brito, 2016


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

José de Azeredo Perdigão (à dir.)
José de Azeredo Perdigão (atrás, ao centro)
José Medeiros Ferreira e José de Azeredo Perdigão (ao centro)
José de Azeredo Perdigão (à dir.)
José de Azeredo Perdigão (ao centro)
José Pina Martins (ao centro)
José Medeiros Ferreira (ao centro) e José de Azeredo Perdigão (atrás, ao centro)
José Medeiros Ferreira (ao centro)
José Medeiros Ferreira (atrás, ao centro) e José de Azeredo Perdigão (ao centro)

Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00085

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência variada, orçamentos, maquete do catálogo da exposição, um exemplar do catálogo da exposição de edição polaca e recortes de imprensa. 1976 – 1977

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Comunicação), Lisboa / COM-S001/028-D00053

11 provas, p.b.: inauguração (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) 1976

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0400-D01182

Coleção fotográfica, p.b.: inauguração (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) 1976


Exposições Relacionadas

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.