Exposição dedicada a Victor Vasarely (1906-1997), artista húngaro naturalizado francês, considerado o pai da Op Art (Optical Art). Foi organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) em colaboração com a Embaixada de França em Portugal, e contou com o apoio do próprio artista, que procedeu à criteriosa seleção das obras expostas.

A fim de divulgar a obra daquele que foi um dos grandes renovadores da arte do século XX, a exposição teve um caráter retrospetivo, evocando as raízes da obra de Victor Vasarely e traçando a sua evolução. Isso mesmo seria realçado no texto crítico redigido por Manuela de Azevedo e publicado no Diário de Notícias: «Pinturas, colagens, tapeçarias, transparências, objectos animados de cor e de formas “op”, a presença de Vasarely é acontecimento, tanto mais que inclui [a exposição da FCG] para lá das obras mais recentes, uma série de trabalhos mais antigos que representam uma verdadeira retrospectiva de intenções pedagógicas.» (Azevedo, Diário de Notícias, 1980)

Como atividades complementares, foram planeadas e organizadas pelo Serviço de Exposições e Museografia duas visitas guiadas, orientadas pelo professor Cruz Teixeira, da Universidade Nova de Lisboa, a 22 de janeiro e a 13 de fevereiro.

A exposição foi largamente publicitada na imprensa e terá tido «grande afluência de público», segundo comentário de José Sommer Ribeiro.

No âmbito desta mostra foi autorizada a venda, em regime de prestações mensais, de 150 exemplares de uma serigrafia de Vasarely, especialmente editada para a exposição em Lisboa. O pintor ofereceu ainda à FCG duas obras da sua autoria, com o pretexto de virem a fazer parte do acervo do futuro Centro de Arte Moderna, juntamente com uma série de outras obras que haviam sido adquiridas ao artista no final de 1979.

Joana Brito, 2015