Signes. Photographies de Mark Power

Primeira exposição individual do fotógrafo britânico Mark Power (1959) em Paris, organizada numa parceria entre o Centre Culturel Calouste Gulbenkian e a agência Magnum Photos. Com curadoria de Jorge Calado, a mostra integrou um conjunto de 60 a 70 fotografias que abrangeu o trabalho do artista desde o seu último projeto, The Shipping Forecast.
First solo exhibition in Portugal of work by British photographer Mark Power (1959), which was organised by the Centre Culturel Calouste Gulbenkian together with the Magnum Photos agency. Curated by Jorge Calado, the show featured between 60 and 70 photographs covering the artist’s work since his previous project, “The Shipping Forecast”.

Primeira exposição individual do fotógrafo britânico Mark Power (1959) em Paris, organizada pelo Centre Culturel Calouste Gulbenkian em parceria com a agência Magnum Photos, no âmbito do programa comemorativo dos seus 60 anos.

A exposição reuniu um conjunto de 60 a 70 fotografias, realizadas em cerca de 18 países, abrangendo o corpo de trabalho do artista desde o seu último grande projeto, The Shipping Forecast, no qual trabalhou entre 1992 e 1996. A ideia desta série nasceu, de acordo com Power, «after seeing a map of all 31 sea areas printed on a tea towel» (Signes. Photographies de Mark Power, 2007, p. 15).

A mostra incluía um total de 14 séries, entre elas A Sound of Two Songs, The Children's Society e 26 Different Endings. Para Power, a fotografia só faz sentido em conjuntos de séries, e o fotógrafo inspira-se, preferencialmente, nas suas vivências enquanto criança, num trabalho quase sempre autobiográfico – uma fotografia isolada da sua série não sobrevive: «As a photographer, the idea of a collector buying an individual picture, cherry-picked from a lengthy series so it can no longer be informed by other images around it, is something I struggle to come to terms with.» (Ibid.)

Conhecido como um dos mais ecléticos fotógrafos contemporâneos, Mark Power, membro da Magnum Photos desde 2007, apaixonou-se «acidentalmente» pela fotografia, tendo percorrido vários pontos do mundo como fotojornalista, Portugal inclusive.

A curadoria da exposição ficou a cargo de Jorge Calado, que, além de cientista e professor de Engenharia Química no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, colaborou no jornal Expresso como crítico de fotografia e ópera e, entre 1988 e 1990, constituiu a Coleção Nacional de Fotografia. Em 2005, iniciou um ciclo de mais de vinte exposições dedicadas à fotografia com a apresentação das mostras «Dedans-Dehors. Le Portugal en Photographies» e «Olhares Estrangeiros. Fotografias de Portugal». O fotógrafo britânico participou na exposição «Trilogia», inserida no projeto que Jorge Calado organizou para a Fundação Eugénio de Almeida e apresentada no ano 2000 no Museu de Évora, mas já tinha estado presente em duas outras grandes mostras coletivas em Portugal: «Pedras e Rochas em Fotografia», em 2003, e «INgenuidades, Fotografia e Engenharia 1846-2006», em 2007.

No texto que assina no catálogo da exposição, Jorge Calado remete para o primeiro encontro com o fotógrafo, afirmando-se um grande seguidor do seu trabalho, principalmente a partir dos anos 90 (Signes. Photographies de Mark Power, 2007, p. 13).

Tanto na perspetiva do curador como na do próprio artista, esta mostra de 2007 não foi, de todo, uma retrospetiva. Resultou da escolha subjetiva dos trabalhos de Power nos vinte anos anteriores, e, segundo Jorge Calado, «todas as fotografias nos obrigam a procurar sinais e indícios» (Ibid.). Um exemplo disso é a imagem captada na Polónia, pertencente à série A Sound of Two Songs (2005), com uma cruz iluminada no meio de um terreno inundado pela escuridão.

Na opinião do presidente da FCG, Emílio Rui Vilar, os diálogos estabelecidos a partir das fotografias de Power enquadravam-se no objetivo principal do programa da Fundação Gulbenkian: «[to seek] innovative ways of confronting different cultures by focusing on the essential – but sometimes elusive – features of each of them.» (Ibid., p. 10)

Por sua vez, o diretor artístico da delegação em Londres da FCG, Sian Ede, considerou que «Mark Power has an eye for the bizarre and beautiful and his photographs capture an essence of incidental life from odd corners of the world» («Power to the people as photography exhibition opens», University of Cambridge, News, 8 abr. 2008).

Após uma reunião com Maria do Carmo Vasconcellos, coordenadora de projetos culturais do Centre Culturel Calouste Gulbenkian, e com Emmanuelle Denavit, Florence Maille e Karen Jonsson da Magnum Photos, decidiu-se que a exposição iria ser divulgada num stand da agência no evento «Paris Photo 2007» (uma das mais importantes feiras de fotografia contemporânea a nível mundial), para o qual foram disponibilizados cerca de 500 convites.

O catálogo publicado no âmbito da exposição, cujo design remete para um álbum fotográfico, conta com apresentação de Emílio Rui Vilar e ensaios do curador da exposição, Jorge Calado, e de Mark Power.

Posteriormente, em abril de 2008, uma versão reduzida da mostra «Signs/Signes» (cerca de 40 fotografias) foi apresentada na Churchill College, em Cambridge. O curador de arte e porta-voz do Churchill College, Barry Phipps, mostrou-se entusiasmado por receber uma exposição de tamanha importância: «The show brings together a series of images produced by a leading photographer which have been selected by an imaginative scientist. The result is a range of photographs that are beautifully composed, thought-provoking and poetic.» (Ibid.)

Joana Atalaia, 2019


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Mark Power
Emílio Rui Vilar (à dir.)
Mark Power (à esq.) e Emílio Rui Vilar (à dir.)

Documentação


Periódicos


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / PRS 05370

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém convite para inaugurações, material de divulgação, comunicado de imprensa, correspondência trocada com o fotógrafo e com as entidades emprestadoras, realização e tradução do catálogo, dossiê de imprensa, entre outros. 2007 – 2008

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / PRS 05370

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG-CCP, Paris) 2007

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / PRS 05370

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG-CCP, Paris) 2007


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