Sem título (Vista da Cidade)

N.º Inv.
ADP1
Data
c. 1928
Materiais e técnicas
Óleo sobre madeira
Medidas
14,3 x 21 cm
Proveniência
Col. Família Dacosta
Inscrições

Sem inscrições

Esta pintura faz parte de uma primeira fase de trabalhos conhecidos de António Dacosta, em torno de 1928, então apenas com cerca de 14 anos. As obras desta fase eram sobretudo paisagens da ilha Terceira, concebidas dentro da tradição do ar-livrismo, pelo que resultavam da sua proximidade e habitação direta dos lugares, que correspondiam a topologias concretas da ilha, em geral identificadas. Foram executadas a óleo sobre pequenas tabuinhas, feitas a partir de finas madeiras que envolviam queijos açorianos, que teriam sido preparadas pelo pai, marceneiro e professor na escola que o jovem Dacosta frequentava, a Escola Comercial e Industrial de Angra – então Escola Industrial e Comercial Madeira Pinto (até 1937, ano em que, por decreto, passava a Escola Industrial e Comercial Doutor Oliveira Salazar). Esta produção, certamente ainda sem pensar abusivamente num destino artístico de pintor, mas de um prazer e de um jeito que na escola se revelava, seria concitada por um colega do pai e seu professor de desenho na Escola, o pintor Álvaro Castro de Meneses (1876-1967), sendo de supor pela proximidade de composição e enquadramento que pintaram juntos várias vezes perante o mesmo motivo natural da Terceira (Dias, 2016, p. 26). Ainda assinava «A. da Costa» ou «António da Costa».

Este enquadramento de paisagem de casario branco junto ao mar não foi identificado, podendo corresponder a lugares em Angra do Heroísmo ou nas suas proximidades, tendo sido exposto em 1995 na exposição individual itinerante de homenagem aos Açores com o título Sem título (Vista da Cidade), e depois em exposição dedicada a António Dacosta em 2005 no Museu de Angra do Heroísmo, «Figurações da Ilha», com o título Costa da Terceira. O enquadramento privilegia uma relação entre o mar azul esverdeado, a praia de castanho claro, o casario branco e a montanha verde, seguindo o céu de um azul acinzentado. Pensando nesta articulação, e a proximidade da praia, pode supor-se que corresponda à Praia da Vitória, talvez vista da parte sul, da ponta do Cabo da Praia. Neste caso, o recorte de montanha por detrás do casario corresponderia à Serra do Facho.

O artista foi oferecendo estas obras iniciais a familiares e amigos, pertencendo várias a colecionadores particulares, mas em alguns casos, como neste, a pintura manteve-se na família do pintor.


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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