Melancolia

N.º Inv.
ADP29
Data
1942
Materiais e técnicas
Óleo sobre tela
Medidas
31 x 25 cm
Proveniência
Col. Maria Antónia Figueiredo de Santos Loureiro
Inscrições

«A. Dacosta 42»
[frente, quadrante inferior esquerdo]

Melancolia pertenceu ao escritor e amigo de Dacosta, Tomaz de Figueiredo (1902-1970), que escreveu um poema sobre a pintura e de quem Dacosta efetuou um retrato em 1941 [ADD587]. Esta seria a obra matriz da exposição e conjunto de conferências em torno de O Fantástico na Arte Portuguesa, organizadas em 1992 pelo crítico de arte Rui Mário Gonçalves, grande admirador desta pintura. Entretanto, a pintura já estaria na posse de Manuel dos Santos Loureiro, pertencendo presentemente à coleção Maria Antónia Figueiredo dos Santos Loureiro.

Apesar das suas pequenas dimensões, é unânime considerar Melancolia a pintura mais significativa do ciclo surrealista de António Dacosta, sobretudo na descompressão metafísica ocorrida entre 1941 e 1942, aspeto sublinhado por alguns dos seus estudiosos (Gonçalves e Dias). Aponta-se normalmente o paradoxo dos dois espaços que se afundam divididos por um muro em perfil com uma ficha elétrica frontal e próxima que o crítico Rui Mário Gonçalves chamou de «zona óptica». Em sentido prospetivo, também foi vista como uma «obra-chave» do pintor, incorporando um «sentimento subjacente a muitas das obras mais tardias do artista» (Rosengarten, 1995).

«À esquerda, rua de Lisboa velha…
À direita, marroquina, uma muralha
e um gato preto de fintada orelha…
Entre Lisboa e Tânger, tua telha
pôs um tabique, ou muro que o valha.»

(Figueiredo, 2003, pp. 483-484)


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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