Craigie Horsfield

Cambridge, Inglaterra, 1949

Craigie Horsfield nasce em 1949, em Cambridge, Inglaterra. Em 1968-1972 frequenta a St. Martin’s School of Art, em Londres, onde estuda pintura e depois fotografia. Influenciado por fortes convicções socialistas, partirá em 1972 para a Polónia, vivendo na cidade industrial de Cracóvia durante sete anos. A arquitectura e o quotidiano de Cracóvia e de Londres, para onde retornará em 1979, serão alguns dos temas marcantes de registos fotográficos que exibirá apenas em 1988, nas suas primeiras exposições em Cambridge e Londres.

Ainda em 1988 será convidado a participar nas exposições colectivas Another Ojectivity no Institute of Contemporary Art de Londres, em conjunto com Jeff Wall, Thomas Struth ou Robert Adams, e Matter of Facts, no Musée des Beaux-Arts de Nantes, ambas comissariadas por Jean-Francois Chevrier e James Lingwood. No inicio dos anos 90, irão realizar-se várias exposições individuais do seu trabalho na Europa e Estados Unidos, nomeadamente no Institute of Contemporary Arts de Londres (1991), no Stedelijk Museum de Amesterdão, na Kunsthalle Zurich (1992), no Walker Art Center de Minneapolis (1993), e no Carnegie Museum de Pittsburghin (1994).

Além da estrita produção fotográfica, a sua carreira artística, incorporará outras possibilidades mediáticas de diálogo e “relação” (conceito operativo no seu trabalho), particularmente nos projectos colaborativos em que se envolve desde The Barcelona Project: La ciutat de la gent, que decorre entre 1993-1996 na Fundação Antoni Tàpies em Barcelona. Os projectos seguintes, The Rotterdam Conversation: City and Community (1997-1998), Brussels Summer (2000), El Hierro Conversation (2001-2004), desdobram-se em áreas tão distintas como o cinema, teatro, instalação, performance, dança vídeo, som, música, live mixing e propostas urbanas e arquitéctónicas.

Em 2006 decorre uma grande exposição retrospectiva de todo o seu trabalho, intitulada Relation, co-produzida pelo Jeu de Paume de Paris em conjunto com o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e o Museum of Contemporary Art de Sydney.

Catarina Crua

Maio de 2010